Por Corinne Pralavorio
Publicado no CERN
O experimento LHCb no Large Hadron Collider no CERN reportou a descoberta de uma classe de partículas conhecidas como pentaquarks. Os colaboradores submeteram hoje um paper que apresenta esses resultados para a revista Physical Review Letters.
“O pentaquark não é uma nova partícula qualquer”, disse Guy Wilkinson, o porta-voz do LHCb. “Ele representa uma forma de agregar quarks, nomeadamente os constituintes fundamentais dos prótons e nêutrons comuns, em um padrão que nunca foi observado antes em mais de 50 anos de pesquisas experimentais. Ao estudarmos suas propriedades podemos entender melhor como a matéria comum, os prótons e nêutrons a partir do qual somos todos feitos, é constituído.”
A nossa compreensão da estrutura da matéria foi revolucionada em 1964, quando o físico americano Murray Gell-Mann propôs que uma categoria de partículas conhecidas como bárions, que inclui prótons e nêutrons, que seriam compostos por três objetos fracionariamente carregados, chamados quarks, e que uma outra categoria, mésons, seriam formados de pares de quark-antiquarks. Os antiquarks são quarks de antimatéria. Gell-Mann recebeu o Prêmio Nobel de Física por esse trabalho em 1969. Esse modelo de quark também permite a existência de outros estados compostos de quarks, tais como os pentaquarks que são compostos por quatro quarks e um antiquark.
As experiências anteriores que buscavam encontrar os pentaquarks demonstraram-se inconclusivas. No experimento LHCb tem sido diferente, pois ele tem sido capaz de detectar os pentaquarks a partir de várias perspectivas, com todas apontando para a mesma conclusão. É como se as pesquisas anteriores estivessem procurando silhuetas no escuro, enquanto que o LHCb conduzia a investigação com as luzes acesas, e de todos os ângulos. O próximo passo na análise será estudar a forma como os quarks estão unidos dentro dos pentaquarks.
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