Artigo traduzido de CERN . Autor: Harriet Jarlett e Sophia Bennett.
Há corredores no CERN com portas de madeira e armários de metal oxidado, onde antigos folhetos de conferências de muitos anos atrás cobrem as paredes ao lado de histórias em quadrinhos e fotos.
Conhecidos no CERN como “Corredores da Teoria”, este é o lar de algumas das mentes mais brilhantes do mundo.
Atrás destas pesadas portas de madeira, teóricos estão usando equações, modelagem computacional e lógica para tentar entender as leis subjacentes do nosso Universo. Aqui, ideias como a supersimetria nascem, muitas vezes décadas antes que a tecnologia e as experiências possam fornecer a evidência para apoia-las.
Teóricos fazem parte da física de partículas, proporcionando aos experimentalistas um fundo para suas pesquisas. O trabalho deles tem sido sempre um ponto de partida para a física do CERN – o “Grupo de Estudos Teóricos” foi criado antes mesmo de um local ser disponibilizado no CERN – mostrando aos físicos o que e onde eles deveriam procurar a próxima descoberta.
Muitas das portas ao longo do corredor têm histórias em quadrinhos, cartazes de eventos, ou notas insolentes ao proprietários do escritório. Muitas vezes, o escritório é ocupado por um físico por vários anos, e o espaço na porta acaba e os posters se espalham para as paredes ao redor até que eles quase se misturem com os posters de outros escritórios. (Imagem: Sophia Bennett / CERN)
Um dos primeiros escritórios que você encontra pertence a Wolfgang Lerche, que foi Chefe da Teoria até dezembro de 2015. Lerche cresceu em Munique e está sozinho entre os teóricos que gostam de ser práticos e mexer com rádios e aparelhos eletrônicos como uma criança – um traço mais comumente associado aos experimentalistas. (Imagem: Sophia Bennett / CERN)
Muitos teóricos precisam se deslocar regularmente ou se mudar para diferentes países por causa do trabalho. Enquanto os membros seniores da equipe têm um escritório, estudantes de doutoramento, estudantes de verão e pesquisadores visitantes dividem os escritórios. As tiras brancas de papel presas a esta porta são placas de identificação. (Imagem: Sophia Bennett / CERN)
Um dos escritórios mais reconhecidos ao longo do corredor pertence a John Ellis, do Kings College London. Ele queria ser físico desde que tinha 12 anos quando ele pegou livros de física emprestados da biblioteca porque ainda não tinha idade suficiente para emprestar livros de “boa ficção”. (Imagem: Sophia Bennett / CERN)
Seu escritório no CERN tem pilhas de livros e artigos e seu quadro negro é coberto com as notas dos alunos – muitas vezes provocando-lhe sobre sua pesquisa sobre a teoria da supersimetria (SUSY). (Imagem: Sophia Bennett / CERN)
A Secretaria da Teoria está no último escritório ao longo do corredor e do centro do departamento. Ela é vital na organização da vida dos corredores – desde organizar seminários até receber teóricos visitantes. (Imagem: Sophia Bennett / CERN)
“Estamos atrás das maiores questões, do por quê das coisas funcionarem da maneira que funcionam, e essa é a essência da física teórica” – disse Gian Giudice, novo chefe do departamento de Teoria, visto aqui sendo entrevistado para a série Em Teoria em seu escritório. (Imagem: Sophia Bennett / CERN)
Nas próximas semanas, a série “Em Teoria” irá apresentar o departamento de Teoria e mostrar como é a vida de alguns dos indivíduos dentro dele.