Por Andrew Masterson
Publicado na Cosmos Magazine
Bem, que se exploda essas teorias. Os astrofísicos identificaram uma estrela de nêutrons que derruba não uma, mas três hipóteses bem suportadas.
A estrela, conhecida como NGC 5907 ULX, está emitindo muito mais raios-X do que qualquer outra já observada.
A emissão é tão grande que foi classificada como “fonte ultraluminosa de raio-X” (ULX). Não é a primeira ULX a ser registrada em galáxias próximas, mas todas as outras são preditos com confiança que são geradas por buracos negros – esta é a primeira que partiu de uma estrela.
Assim se vai a primeira teoria.
Mas há ainda mais elementos desconcertantes sobre a descoberta, feita por uma equipe liderada por Gianluca Israel do Instituto Nacional de Astrofísica em Roma, Itália, e relatado na Science.
Para começar, até agora se pensava que havia uma restrição física que impedia uma estrela de nêutrons brilhar tão forte como NGC 5907 ULX. Chama-se limite de Eddington, que descreve o máximo teórico estabelecido pelo equilíbrio entre a força da radiação que atua para fora e a força gravitacional que atua para dentro.
Esta estrela excede o limite de Eddington em 1.000 vezes – o que não deveria ser possível, mas evidentemente é. Então se vai a teoria número dois.
A terceira teoria que levou um golpe é uma que é familiar dos alunos da escola primária: ímãs, planetas e estrelas têm dois polos. As estrelas comuns têm, naturalmente, mas NGC 5907 ULX está longe de ser comum.
Israel e seus colegas afirmam que a única maneira pela qual a estrela poderia alcançar uma emissão tão alta é ter múltiplos polos magnéticos.
“Tais altas luminosidades são frequentemente exibidas por muitos ULXs que anteriormente foram classificados como acreção de buracos negros”, eles escrevem.
“Um campo magnético forte multicomponente é necessário para explicar as propriedades de NGC 5907 ULX”.