Ontem foram divulgados os resultados de um ambicioso estudo que tentou estimar o tamanho dos subsídios mundiais aos combustíveis fósseis e qual seria o impacto da remoção desses subsídios.
No estudo, a equipe de economistas estimou que os subsídios mundiais foram por volta de $4,9 trilhões de dólares em 2013, projetado para $5,3 trilhões de dólares em 2015, o equivalente a 6,5% do PIB mundial. A maior parte desses subsídios (46%) deriva da precificação errada do impacto local da poluição, principalmente do carvão.
Os autores estimam que a eliminação desses subsídios em nível mundial reduziria as emissões de gás carbônico em 21%, mortes por poluição do ar cairiam 55%, enquanto aumentariam as receitas mundiais em 4% do PIB mundial. Os ganhos estariam bastante concentrados regionalmente, pois os subsídios aos combustíveis fósseis também são muito concentrados. Em ordem, China, Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Índia são os maiores responsáveis por precificar os combustíveis fósseis abaixo do custo ótimo.
De toda forma, o mundo teria muito a ganhar com a eliminação dessa precificação incorreta dos custos dos combustíveis fósseis.
Fonte:
Coady, David, Ian Parry, Louis Sears, and Baoping Shang. 2017. “How Large Are Global Fossil Fuel Subsidies?” World Development 91 (March): 11–27. doi: 10.1016/j.worlddev.2016.10.004