Traduzido por Julio Batista
Original de Bethany Dawson para o Business Insider
Arqueólogos egípcios descobriram retratos coloridos de múmias – os primeiros a serem encontrados em mais de um século – anunciou o governo egípcio.
Os pesquisadores encontraram os dois retratos completos de múmias egípcias e fragmentos de outros no sítio arqueológico de escavação de Gerza em Faium, no Egito, tornando essas obras de arte as primeiras desse tipo a serem descobertas em mais de 115 anos.
O arqueólogo inglês Flinders Petrie foi o último a encontrar obras de arte semelhantes quando descobriu 146 retratos de múmias em um cemitério romano em 1911, relatou a Artnet News.
As descobertas são de um sítio arqueológico de escavação localizado entre as ruínas da antiga cidade de Filadélfia, que, de acordo com o Instituto Arqueológico Austríaco, fica na região nordeste de Faium, aproximadamente 120 quilômetros a sudoeste da atual Cairo.
A equipe que investiga o sítio arqueológico de Gerza em Faium também descobriu uma construção funerária, registros escritos em papiro, cerâmica e caixões datados do período ptolemaico, que vai de 305 a.C. a 30 a.C., até a era romana, que durou de 30 a.C. a 390 d.C.
O governo disse que essas descobertas fornecem informações fascinantes sobre as condições sociais, econômicas e religiosas das pessoas que viviam na Filadélfia (que significa, em grego antigo, “Cidade do Amor Fraternal”) há quase 2.000 anos.
A coleção de pinturas, conhecida como retratos de Faium, retrata algumas das pessoas mais ricas que existiram nessas antigas comunidades. O assentamento da Filadélfia foi o lar de gregos e egípcios durante o período de 600 anos.
Basem Gehad, chefe do projeto Ancient Philadelphia Excavation, que liderou a última escavação, escreveu em um e-mail para Artnet News que “ninguém realmente conhece o contexto desses retratos”, mas acrescentou: “agora, podemos saber certamente de onde eles vieram, e talvez encontrar mais.”
Além dessas descobertas, os arqueólogos também revelaram uma rara estátua de terracota da deusa Ísis-Afrodite dentro de um caixão de madeira, por Artnet.
Gehad disse à agência de notícias que a estátua “reflete a influência dos gregos na arte egípcia como resultado da nova comunidade que vivia lá”.
Uma declaração do governo egípcio explica que o faraó Ptolomeu II Filadelfo (309–246 a.C.) estabeleceu a Filadélfia como uma vila agrícola destinada a garantir mais recursos alimentares para seu império.
Os pesquisadores estão cavando no local desde 2016, de acordo com o governo.