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Mancha solar massiva e oculta gera um enorme erupção de classe X. A Terra pode em breve estar na linha de fogo

Traduzido por Julio Batista
Original de Harry Baker para a Live Science

Uma enorme explosão no outro lado do Sol recentemente gerou uma erupção de classe X – uma das erupções solares mais poderosas que o Sol é capaz de produzir. A tempestade solar resultante passará raspando pela Terra, mas a mancha solar responsável por expeli-la poderá em breve ser apontada diretamente para o nosso planeta.

A erupção épica foi detectada em 3 de janeiro pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma espaçonave que orbita a Terra em cooperação com a NASA e a Agência Espacial Europeia. O SOHO detectou um fluxo brilhante de plasma, conhecido como ejeção de massa coronal (EMC), que emergiu do lado sudeste do Sol, de acordo com Spaceweather.com.

A EMC provavelmente foi emitida por uma erupção oculta do lado oposto e registrado como um evento de classe C, a terceira maior classe de erupções solares (as classes de erupções solares incluem A, B, C, M e X, com cada classe sendo pelo menos 10 vezes mais poderosa que a anterior). Mas com base no tamanho e na força da EMC visível, os especialistas acreditam que a erupção oculta que deu origem provavelmente era grande o suficiente para ser designada como uma erupção de classe X.

As erupções de classe X mais poderosas podem irromper do Sol com uma força equivalente a cerca de um bilhão de bombas de hidrogênio, de acordo com a NASA. Se uma dessas erupções atingir a Terra de frente, ela pode desencadear apagões generalizados de rádio e eletricidade no lado do planeta voltado para o Sol e causar danos aos satélites em órbita ao redor da Terra. As auroras resultantes seriam tão fortes que poderiam até dar aos passageiros de aviões próximos pequenas doses de radiação, de acordo com a NASA.

Cientistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) modelaram a tempestade solar emitida pela mais recente erupção de classe X e descobriram que ela passaria raspando pela Terra nos próximos dias, de acordo com Spaceweather.com. No entanto, isso não significa que ficaremos livres por muito tempo.

Ver aqui (gif): imagens de uma poderosa erupção de classe X capturada em 9 de agosto de 2011 pelo satélite Observatório da Dinâmica Solar (SDO) da NASA. (Créditos: NASA/Observatório da Dinâmica Solar)

Astrônomos acreditam que a enorme erupção foi emitida por uma mancha solar – regiões escuras do tamanho de um planeta que se formam na atmosfera inferior do Sol como resultado de distúrbios magnéticos – conhecida como AR3163, que girou para o outro lado do Sol cerca de duas semanas atrás depois de cuspir uma enxurrada de EMCs suaves no lado mais próximo do Sol. Com base no poder potencial da erupção oculta, os especialistas acreditam que a mancha solar cresceu significativamente desde que desapareceu de vista, informou o Spaceweather.com.

Quando a região recentemente entrou em erupção, previu-se que AR3163 ressurgiria no lado mais próximo do Sol dentro de dois dias com base em imagens acústicas, conhecidas como ecos heliossísmicos, que podem detectar anormalidades na superfície oculta do Sol. Em 5 de janeiro, a borda mais próxima do AR3163 começou a aparecer no horizonte solar como esperado, de acordo com Spaceweather.com. Em breve estará apontada diretamente para a Terra e tem a capacidade de lançar mais erupções de classe X, mas as chances de um impacto direto são relativamente baixas.

A Terra está atualmente no periélio, o que significa que nosso planeta está no ponto mais próximo do Sol. Em 4 de janeiro, outra EMC emitida por uma erupção de classe M, que foi capaz de causar pequenos apagões de rádio, atingiu a Terra exatamente quando o planeta se moveu para a maior proximidade possível do Sol.

A atividade solar continuará aumentando à medida que nos aproximamos do pico do ciclo solar de 11 anos do Sol, que ocorrerá em 2025. Durante dezembro de 2022, houve 24 manchas solares ativas no Sol, o número mais alto em mais de sete anos, de acordo com Spaceweather.com.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.