Recentemente, foram encontrados em Pompeia, a antiga cidade romana soterrada por uma erupção vulcânica em 79, dois conjuntos de restos humanos, uma variedade de pinturas e alguns rabiscos infantis.
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Descoberta no século 18, Pompeia continua sendo um sítio arqueológico ativo até os dias de hoje. Devido à forma como a cidade foi destruída – completamente coberta pelas cinzas do Monte Vesúvio – ela foi incrivelmente preservada. Mercados ao ar livre ainda exibem pedaços de comida com dois mil anos, e as trágicas circunstâncias da morte dos moradores estão congeladas no tempo, com suas últimas posturas envoltas em cinzas.
Os recentes achados incluem restos mortais de duas pessoas, identificadas como uma mulher e um homem. Esses indivíduos, descritos como “de idade avançada” em um comunicado de Pompeia, foram descobertos em um pequeno corredor em frente à Casa dos Pintores em Ação, uma construção preservada em Pompeia, onde pareciam tentar se refugiar da erupção. No interior da casa, os arqueólogos encontraram afrescos representando figuras mitológicas como grifos, sereias, centauros e os deuses Vênus (Afrodite), Apolo e Baco (Dionísio).
Na Casa do Cenáculo com Colunatas (Cenacolo colonnato), foram encontrados desenhos a carvão nas paredes de um corredor. A equipe, com base na aparência rudimentar dos desenhos, concluiu que provavelmente foram feitos por uma criança. Os esboços retratam dois gladiadores em combate, uma cabeça de águia e uma cena de caça.
Perto dali, os pesquisadores encontraram mais gravuras a carvão: contornos de três pequenas mãos, duas cenas adicionais de gladiadores e uma aparente cena de boxe, onde uma das figuras estava deitada no chão. Esta cena de boxe parecia ser feita em pigmento vermelho, possivelmente ocre.
Em 2022, os arqueólogos revelaram o interior de uma casa de classe média em Pompeia, completa com ânforas e utensílios de cozinha. No mesmo ano, uma equipe diferente sequenciou o genoma de um homem que morreu na erupção, provavelmente devido a um fluxo piroclástico (uma corrente destrutiva e rápida de gás quente, cinzas e rocha vulcânica que flui por um vulcão durante uma erupção). O DNA de 2.000 anos está revelando mais sobre as pessoas que morreram durante a fatídica erupção do Monte Vesúvio.
O relatório sobre essas novas descobertas foi publicado hoje no jornal eletrônico Pompeii Sites, abrangendo achados feitos dentro e ao redor de várias casas na cidade. As novas descobertas somam-se ao conhecimento pré-existente, revelando mais sobre a vida em Pompeia, uma cidade enterrada há 1945 anos, mas que continua a oferecer novas revelações sobre o fatídico último dia de seus habitantes.