Elon Musk ampliou sua batalha judicial contra a OpenAI e seu fundador, Sam Altman, incluindo agora a Microsoft e Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn, como réus. A ação revisada, com 107 páginas, apresenta a versão de Musk sobre os acontecimentos. Ele alega ter sido convencido por Altman com a promessa de uma organização sem fins lucrativos focada em inteligência artificial segura, apenas para depois descobrir que a OpenAI formou uma parceria lucrativa com a Microsoft.
A ação destaca que a OpenAI passou de uma instituição de caridade isenta de impostos para uma empresa lucrativa avaliada em bilhões de dólares em apenas oito anos, o que, segundo Musk, viola princípios legais fundamentais. Ele acusa Altman e seus aliados de mentirem para investidores, membros e reguladores, além de enganar o público. Musk afirma que sua visão original para a OpenAI foi traída quando a empresa começou a priorizar ganhos financeiros.
Musk fundou a OpenAI ao lado de Altman em 2015, investindo cerca de 44 milhões de dólares antes de deixar a organização em 2018. Ele diz que foi atraído por um projeto que prometia colocar a segurança da humanidade em primeiro lugar. Porém, segundo ele, Altman e a Microsoft transformaram a empresa em uma subsidiária com fins lucrativos, utilizando recursos e influência de Musk no processo.
A estrutura da OpenAI, que combina uma diretoria sem fins lucrativos com atividades comerciais, complicou ainda mais a situação. Originalmente concebida para operar com doações, a OpenAI passou a comercializar produtos como o ChatGPT. Musk considera que a busca por lucros contradiz os princípios fundadores e enriqueceu os envolvidos de forma injusta, enquanto ele e o público foram prejudicados.
Além das questões financeiras, Musk expressou preocupações sobre os perigos da IA, mencionando cenários apocalípticos, como a substituição total da força de trabalho humana e o uso de IA para manipular sistemas políticos e militares. Ele teme que essas práticas, já exploradas pela OpenAI, possam levar à extinção da humanidade.
A ação judicial inclui 26 acusações, entre elas violações criminais de leis contra organizações criminosas. A inclusão da Microsoft e de Hoffman marca um novo capítulo nesse embate legal, que começou em março, foi retirado em julho e retomado em agosto. Por outro lado, a OpenAI afirma que Musk tentou controlar a empresa e integrá-la à Tesla, deixando o projeto quando seus planos foram frustrados.