As auroras são fenômenos ópticos que brilham em regiões próximas às zonas polares de alguns planetas e luas do Sistema Solar. Na Terra, o fenômeno ocorre por causa do impacto de partículas do vento solar oriundas da magnetosfera – bolha magnética que rodeia o planeta – que se introduzem na atmosfera superior terrestre.
O fenômeno não é exclusivo somente à Terra, sendo também observável em outros corpos do Sistema Solar. São vários os exemplos destes. Cada um deles tem uma forma específica para a realização do fenômeno. Alguns tem campos magnéticos fortíssimos (como Júpiter e Saturno) e outros nem tanto (como Marte e Vênus). Mesmo assim, o show de luzes coloridas em cada um não deixa de ser espetacular e único. Veja, aqui, fotos e informações de todos os planetas e luas do Sistema Solar (com exceção da Terra), que realizam este belíssimo espetáculo.
Júpiter e Saturno
Tanto Júpiter quanto Saturno possuem campos magnéticos muito mais fortes que os terráqueos e ambos possuem grandes cintos de radiação. O efeito da aurora vem sendo observado em ambos, mais claramente com o telescópio Hubble. Tais auroras parecem ser originadas do vento solar.
Como as terrestres, as auroras de Saturno criam regiões ovais totais ou parciais em torno do pólo magnético. Por outro lado, as auroras desse planeta costumam durar por dias, diferente das terrestres que duram por alguns minutos somente. Evidências mostram que a emissão de luz nas auroras de Saturno contam com a participação da emissão de átomos de hidrogênio.
Marte e Vênus
Uma aurora foi recentemente detectada em Marte pela sonda espacial Mars Express durante suas observações do planeta em 2004, com resultados publicados no ano seguinte. Marte possui um campo magnético mais fraco que o terrestre, e até então pensava-se que a falta de um campo magnético forte tornaria tal efeito impossível.
Foi percebido que o sistema de auroras de Marte é bastante parecido com o da Terra, sendo comparável às nossas tempestades de baixa e média intensidade. Como o planeta está sempre direcionado para o nosso planeta com seu lado diurno, a observação de auroras é somente possível através de espaçonaves investigando o lado noturno do planeta vermelho e nunca a partir da Terra.
Vênus, que não possui um campo magnético, apresenta também o fenômeno, no qual as partículas da atmosfera são diretamente ionizadas pelos ventos solares, fenômeno também presente na Terra.
Io, Ganímedes e Europa
As luas de Júpiter, em especial Io, também são fontes poderosas de auroras. Elas são formadas a partir de correntes elétricas pelo campo magnético, geradas pelo mecanismo de dínamo relativo ao movimento entre a rotação do planeta e a translação de sua lua. Particularmente, Io possui vulcões ativos e ionosfera, e suas correntes geram emissão de rádio, que vêm sendo estudadas desde 1955.
Referências Bibliográficas:
- Detectada em Saturno a maior aurora boreal do Sistema Solar: http://goo.gl/a8T2aM
- Planetary auroras: http://goo.gl/Ug9m2U
- Aurora em outros planetas: http://goo.gl/cbPqkw
- Aurora polar, boreal e austral: http://goo.gl/5LOuUi