Pular para o conteúdo

A ‘cachoeira de plasma’ de 100.000 km de altura que irrompeu do Sol

Traduzido por Julio Batista
Original de Marianne Guenot para o Business Insider

Uma impressionante “cachoeira” solar foi vista na superfície do Sol.

A foto, tirada pelo astrofotógrafo Eduardo Schaberger Poupeau em 9 de março, mostra uma parede de plasma estendendo “cerca de 100.000 quilômetros” em direção ao espaço, disse Poupeau ao Spaceweather.com.

Isso é alto o suficiente para engolir cerca de oito Terras.

O plasma então parece estar caindo em cascata de volta para o Sol, dando à estrutura o apelido de “cachoeira”.

“Na tela do meu computador, parecia que centenas de fios de plasma estavam pingando de uma parede. Foi realmente um espetáculo que me deixou sem palavras”, disse Poupeau à publicação.

Os cientistas estimam que o plasma estava caindo a velocidades tremendas – até 36.000 km/h de acordo com a Space.com.

Essas cachoeiras de plasma são o equivalente solar às auroras da Terra

Essa estrutura é chamada de proeminência da coroa polar.

As proeminências do Sol geralmente assumem a forma de tentáculos gigantes de plasma quente, estendendo-se em direção ao espaço em um grande arco, como pode ser visto abaixo.

Mas quando essas proeminências acontecem perto dos polos do Sol, mais especificamente ao redor do círculo polar, os campos magnéticos são tão fortes que, em vez de explodir em direção ao espaço, o plasma pode cair em cascata de volta ao Sol muito rapidamente.

(Créditos: Eduardo Schaberger Poupeau)

Devido à localização dessas proeminências, a NASA as compara às auroras, porque elas circundam os pólos em cerca de 60 a 70 graus de latitude do Sol.

“Em vez da aurora boreal, no entanto, as proeminências ovais do Sol são preenchidas com placas dançantes de plasma”, de acordo com uma postagem no blog da NASA.

O Sol está se aproximando de um pico de atividade

Este é apenas o mais recente de uma série de eventos solares brilhantes que aconteceram nos últimos meses, quando nosso Sol se aproxima de um pico de atividade.

Quase a cada década, os polos magnéticos do Sol se invertem, o que causa estragos nos campos magnéticos locais que estão em erupção por toda a nossa estrela. Nesse período, eventos solares notáveis ​​são mais prováveis ​​de acontecer.

Exemplos de eventos solares recentes incluem:

  • Um vórtice de plasma girando como um redemoinho ao redor do polo solar.
  • Um enorme “buraco ” coronal em nosso Sol que expeliu energia em direção à Terra nas últimas semanas.
  • Auroras avistadas em lugares distantes dos polos como o Novo México, EUA.
  • Um “tornado” solar do tamanho de 14 Terras que apareceu quando uma proeminência ficou presa entre os campos magnéticos.

O clima espacial não é apenas bonito

Os cientistas não olham apenas para o Sol para ver essas belas estruturas. Com os eventos solares, vem o clima espacial, que pode ser prejudicial ao nosso planeta.

Qualquer um desses grandes eventos solares pode liberar ondas de energia que se lançam do Sol para o espaço. Se forem apontadas para a Terra, essas chamadas tempestades solares podem danificar as redes elétricas e outras infraestruturas se não forem gerenciadas adequadamente, disseram os cientistas ao Insider.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.