Publicado na Science Alert
O ano passado foi incrível para a exploração espacial, com (entre muitas outras realizações notáveis) a NASA anunciando seus planos para levar seres humanos para Marte na década de 2030 e lançando uma chamada na Internet para pessoas se inscreverem. Mas o que você talvez não saiba é que a classe mais recente de astronautas da NASA, recrutada em 2013 e já em formação, será formada pelos candidatos para a primeira viagem para Marte, e pela primeira vez na história da NASA, 50% deles são do sexo feminino.

Todo mundo sabe que as mulheres são astronautas de arrasar (vide Sally Ride e Valentina Tereshkova), então essa estatística não deveria ser particularmente excitante ou notável. Mas dado o fato de que, a partir de 2011, as mulheres só faziam parte de 24 por cento de todos os empregos na ciência, tecnologia, engenharia e matemática nos EUA, torna isso muito relevante e faz-nos ainda mais esperançosos sobre o futuro da exploração do Sistema Solar.
“Nós nunca determinamos quantas pessoas de cada sexo vamos selecionar, mas estas foram as pessoas mais qualificadas que entrevistamos,” Janet Kavandi vice-diretor do centro de pesquisa de Glenn da NASA explicou em uma entrevista para o Google quando a classe de 2013 foi anunciada.

O processo de candidatura sozinho levou 18 meses de testes rigorosos, médicos e psicológicos, e os recrutas estão agora passando por dois anos de treinamento antes que eles se juntem oficialmente aos atualmente 46 astronautas ativos. Mas o que é muito legal é que eles são a primeira classe a ter candidatos para a missão a Marte. “Se formos a Marte, iremos representar a nossa espécie inteira em um lugar que nunca estivemos antes. Para mim é a coisa mais alta que um ser humano pode alcançar,” disse McClain para Ginny Graves em entrevista exclusiva para a revista Glamour no final do ano passado.

“Não é como a Lua; Essa é uma viagem de três dias,” Jason Crusan, diretor de sistemas avançados de exploração da NASA disse para a Glamour.” Quando você vai para Marte, você vai. Não pode abortar.”
A viagem em si será de aproximadamente 56 milhões de quilômetros (25 milhões de milhas), que levará entre seis a nove meses. Mas o pagamento para qualquer astronauta que faça a viagem valer a pena, é só ser capaz de ganhar o título de um dos primeiros humanos a colocar uma pegada no planeta vermelho. “Marte pode nos ensinar muito sobre o passado, presente e futuro do nosso planeta,” disse Meir. “Tentar entender nosso lugar no Universo é o que procuro mais do que tudo.”

Nós não poderíamos concordar mais como, e não podemos esperar para ver o talento que está selecionado na próxima classe de astronautas, para o qual estão ainda abertas as candidaturas. É um alívio saber que as coisas mudaram desde a década de 1960, quando a NASA escreveu esta carta de rejeição a uma astronauta esperançosa (acima).

