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A maioria dos OVNIs são drones de ‘vigilância chinesa’ e ‘confusão e detritos aéreos’, revelam funcionários do Pentágono

Traduzido por Julio Batista
Original de Brandon Spector para a Live Science

As agências de inteligência nos EUA passaram os últimos anos analisando imagens de centenas de encontros recentes com OVNIs e querem que o povo estadunidense saiba: ainda não são alienígenas.

De acordo com vários funcionários do Departamento de Defesa dos EUA (DoD) que falaram anonimamente com o The New York Times na semana passada, muitos avistamentos recentes de OVNIs – ou fenômenos aéreos não identificados (UAPs, na sigla em inglês), como o governo prefere chamá-los – provavelmente são apenas operações de vigilância estrangeiras ou detritos no ar, como balões meteorológicos.

Vários incidentes de UAP foram oficialmente identificados como drones de vigilância chineses “relativamente comuns”, disseram as autoridades anônimas. A China já havia roubado planos para aviões de combate avançados dos EUA e está interessada em como os EUA treinam seus pilotos, acrescentaram os funcionários do DoD.

Outros avistamentos de UAPs registrados por aeronaves militares, que parecem mostrar objetos no ar movendo-se de maneiras aparentemente desafiadoras da física, são provavelmente resultados de ilusões de ótica. Isso inclui o infame vídeo conhecido como “GOFAST” que foi gravado por uma aeronave da Marinha dos EUA e vazou para a mídia em 2018 (o vídeo, juntamente com outros dois filmes vazados de encontros militares com UAPs, acabou sendo desclassificado pelo governo).

Embora o objeto no vídeo GOFAST pareça estar se aproximando da água em velocidades incompreensíveis, isso é apenas uma ilusão de ótica criada pelo ângulo da gravação em relação à água, disseram os funcionários do DoD ao The Times. Na realidade, o objeto está se movendo a não mais de 48 km/h, acrescentaram os oficiais.

Um relatório secreto de UAP entregue ao Congresso estadunidense esta semana pelas agências de inteligência do DoD provavelmente inclui as descobertas relatadas pelo The Times. O novo relatório adiciona novos detalhes aos casos descritos em um documento divulgado publicamente em junho de 2021, descrevendo 144 supostos incidentes de UAPs relatados por funcionários do governo dos EUA entre 2004 e 2021.

O relatório de 2021 reconheceu que, devido à falta de dados de alta qualidade, a maioria dos supostos encontros com UAPs não pôde ser explicada de forma conclusiva. No entanto, o relatório ofereceu várias explicações gerais para UAPs em geral, incluindo “tecnologias implantadas pela China, Rússia, outra nação ou entidade não governamental”, bem como “detritos e confusão aérea”, como pássaros e balões meteorológicos.

Em nenhum lugar do relatório foram mencionados alienígenas ou extraterrestres – no entanto, isso não impediu que surgissem teorias de conspiração alienígenas, devido em parte à falta geral de transparência do governo sobre os incidentes de OVNIs.

Sue Gough, porta-voz do DoD, disse ao The Times que o governo estava comprometido em compartilhar qualquer informação sobre UAPs que pudesse sem colocar em risco a segurança nacional. Funcionários do governo também tendem a se abster de discutir publicamente os incidentes de UAPs porque simplesmente não há dados suficientes para explicá-los de forma conclusiva, acrescentou Gough.

“Em muitos casos, os fenômenos observados são classificados como ‘não identificados’ simplesmente porque os sensores não foram capazes de coletar informações suficientes para fazer uma atribuição positiva”, disse Gough ao The Times. “Estamos trabalhando para mitigar esses déficits no futuro e para garantir que tenhamos dados suficientes para nossa análise”.

À medida que o DoD continua sua investigação sobre avistamentos de OVNIs, a NASA também lançou uma equipe independente de estudo de OVNIs, que operará de outubro de 2022 a meados de 2023. De acordo com a NASA, a equipe se concentrará em coletar e analisar o máximo possível de dados de UAPs, a fim de desenvolver novos métodos para identificar os objetos não identificáveis ​​nos céus da América.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.