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A Terra teve seu dia mais curto já registrado, graças a uma ‘oscilação’

Traduzido por Julio Batista
Original de Marianne Guenot para o Business Insider

A Terra teve seu dia mais curto neste inverno, graças a uma oscilação em seu eixo, o que significa que ela completou uma única rotação em uma fração de segundo a menos das 24 horas.

O dia 29 de junho foi 1,59 milissegundos mais curto que 86.400 segundos, ou exatamente 24 horas, de acordo com o site timeanddate.com.

Nas últimas décadas, a Terra tem sido mais propensa a desacelerar, com dias marginalmente mais longos. Mas nos últimos anos, essa tendência se inverteu e os dias foram ficando cada vez mais curtos.

Se a Terra continuar acelerando, isso pode levar ao primeiro passo de subtrair um segundo dos relógios atômicos.

A Terra não é perfeita

Não é incomum que a Terra oscile em seu eixo – a rotação que experimentamos como dia e noite nem sempre acontece exatamente na linha de seu eixo, a linha entre os polos norte e sul.

Isso porque ela não é uma esfera perfeita.

O planeta tem uma protuberância no equador, enquanto os polos são ligeiramente achatados, o que significa que a Terra é ligeiramente elíptica.

Outros fatores também podem atrapalhar a rotação, incluindo as marés oceânicas e a gravidade da Lua.

A “oscilação de Chandler”

Leonid Zotov, professor de matemática, acredita que a Terra pode estar girando mais rápido por causa de um movimento periódico chamado “oscilação de Chandler”.

A oscilação foi detectada pela primeira vez no final da década de 1880, quando o astrônomo Seth Carlo Chandler notou que os polos oscilaram durante um período de 14 meses.

Essa oscilação começou a desacelerar no início dos anos 2000, atingindo mínimos históricos desde 2017, de acordo com o The Telegraph.

E entre 2017 e 2020, “desapareceu”, disse Zotov ao timeanddate.com.

Zotov deve apresentar esta hipótese na Sociedade de Geociências da Ásia-Oceania Asia, disse ao timeanddate.com. Tal hipótese ainda não foi revisada por pares.

As oscilações da Terra não mudam muito no dia-a-dia. Mas eles são importantes de serem acompanhadas, para que o relógio atômico possa permanecer preciso para coordenar com precisão o GPS e os satélites de observação da Terra.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.