Por Dave Lynch
Publicado na Earth Science Picture of the Day
As famosas linhas e animais desenhados no deserto de Nazca do Peru foram feitas a mão e da maneira mais simples possível: sistematicamente movendo pedras escuras desenhando uma determinada forma que revelava o material mais claro do deserto a mostra. Esse processo levou a formação de figuras, chamadas de geoglifos, como uma leve depressão no solo. A visibilidade é realçada pelas bordas escuras das linhas onde as rochas se concentraram depois da sua remoção.
As linhas foram feitas com escalas gigantescas, algumas delas com cerca de 14 km. As delimitações dos animais (biomorfologias) são menores, apesar de ainda serem muito grande e serem melhores observadas do ar. O pássaro tem 270 metros de comprimento e a aranha, cerca de 50 metros de diâmetro. Os geoglifos são registrados como Patrimônio Mundial pela UNESCO e tem a visita estritamente limitada, mas alguns deles podem ser vistos de uma torre construída exatamente para essa finalidade.
Os geoglifos foram construídos pelas pessoas das culturas Paracas e Nazca. Datações modernas sugerem que as figuras foram construídas em estágios por um longo período de tempo, talvez entre 200 a.C e 700 d.C. Compostas de rochas vulcânicas do terciário, as rochas foram trazidas desde as Montanhas Andinas. Sua escuridão relativa é resultado parcialmente da cobertura do deserto formada por milhares de anos. O terreno do deserto subjacente é mais resistente ao intemperismo. Contudo, desde que as linhas foram construídas pela primeira vez, sedimentos eólicos têm coberto a área, alterando assim a cor original e o contraste das linhas.
A imagem acima (você pode ver as duas versões diferentes aqui) mostra a arqueóloga Katharina Schreiber inspecionando o olho do pelicano. Na parte superior direita da imagem linkada acima, Schreiber e Renate Reiche estão paradas sobre uma das muitas linhas retas e longas que existem na região. Renate e sua irmã Maria gastaram décadas investigando, documentando e protegendo os geoglifos.