Traduzido por Julio Batista
Original de Owen Jarus para a Live Science
Arqueólogos no Egito desenterraram impressionantes joias de ouro, incluindo um anel representando o “deus da diversão”, em um sepultamento de mais de 3.300 anos, anunciou o Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito.
O sepultamento está localizado na parte norte da antiga cidade de Aquetáton (atual Amarna), cerca de 300 quilômetros ao sul do Cairo. Esta cidade foi construída pelo faraó Aquenáton (que reinou por volta de 1353 a.C. a 1336 a.C.), que tentou mudar a religião politeísta do Egito concentrando-a na adoração de Áton, o disco solar. Ele mudou a capital do Egito de Tebas, na atual Luxor, para a recém-construída cidade do deserto de Aquetáton. Em última análise, as reformas religiosas de Aquenáton foram desfeitas por seu filho, Tutancâmon, e a nova cidade foi abandonada pouco depois da morte de Aquenáton.
A joia descoberta recentemente inclui três anéis, disse o Ministério de Turismo e Antiguidades egípcio em um comunicado de 13 de dezembro. Um deles tem uma imagem gravada de Bes, que era conhecido como “o deus da diversão”, disse o comunicado. Antigas imagens de Bes são frequentemente encontradas no Egito; a divindade é retratada como um anão que, além de tocar música e se divertir, também protegia as mulheres durante o parto, escreveu George Hart, que era egiptólogo do Museu Britânico, em seu livro “The Routledge Dictionary of Egyptian Gods and Goddesses” (Routledge, 2005 – “Dicionário Routledge de Deuses e Deusas Egípcios”, na tradução livre).
Outro anel contêm uma inscrição hieroglífica egípcia com o nome “Sat I Plant Tawi”, que significa “Senhora da Terra”, disse o comunicado. Não está claro quem é essa mulher. Um colar de ouro também foi encontrado com o sepultamento.
Não está claro para quem é o sepultamento, por que essas joias foram enterradas com eles ou se o sepultamento está localizado em um cemitério ou outro local na parte norte da cidade. As escavações em Amarna estão em andamento e os detalhes sobre as descobertas serão publicados em breve, disse Anna Stevens, diretor assistente das escavações do Projeto Amarna e professor do Centro de Culturas Antigas da Universidade Monash, na Austrália, à Live Science por e-mail. Ela acrescentou que sua equipe publicará suas descobertas em alguns meses e terá mais informações.
A Live Science contatou especialistas não envolvidos nas escavações, mas nenhum respondeu no momento da publicação.