A doença do Coronavírus 2019 (COVID-19) é uma nova doença que se disseminou em escala global de saúde pública, uma vez que se expandiu rapidamente em todo o mundo. Essa doença é causada pela transmissão do Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2).
A COVID-19 apareceu inicialmente em Wuhan, na China, que se tornou o primeiro epicentro. Em seguida, quando os casos foram parcialmente controlados na China, a Europa se tornou o novo epicentro. Atualmente, com base nos casos notificados, os Estados Unidos da América (EUA) são o atual epicentro pandêmico. Nesse cenário, pode-se deduzir que o Brasil tem potencial para um considerável aumento de óbitos relacionados à COVID-19.
Desta maneira, uma pesquisa publicada ainda em fase preprint, por cientistas da UNESP, Marília, SP, Universidade Estadual de Ciências da Saúde, AL, e Oxford Brookes University, Londres, Reino Unido, analisou as mortes associadas à COVID-19 no Brasil e nos EUA, de modo a identificar quaisquer semelhanças entre os países.
Os dados foram coletados pela base de dados Wordometers, a qual fornece informações sobre casos e óbitos notificados referentes à COVID-19.
O grupo de pesquisa aplicou um modelo estatístico de regressão para avaliar a relação do início do avanço da doença entre Brasil e EUA.
Em vista dos dados de 9 de abril de 2020, as taxas de mortalidade no Brasil seguem um aumento exponencial semelhante ao dos EUA. A estimativa da análise matemática propõe que, em um cenário pessimista, o Brasil notifique 64.310 óbitos até 9 de junho de 2020, e 31.384 óbitos até a mesma data, em um cenário otimista.
Em resumo, os resultados da pesquisa demonstraram que o Brasil segue uma progressão análoga dos casos de óbitos por COVID-19 quando comparado aos EUA, significando que o Brasil é projetado ser o próximo epicentro global da COVID-19.