Um novo estudo publicado hoje investiga profundamente como o tamanho de um cão pode afetar sua saúde. O estudo encontrou evidências de que cães maiores tendem a ter um risco maior de muitos problemas de saúde e uma expectativa de vida geralmente mais curta, ao mesmo tempo que mostra que raças de cães menores também podem ter seus próprios riscos à saúde.
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A pesquisa é a mais recente a surgir do Dog Aging Project, uma iniciativa considerada a mais ambiciosa do gênero no mundo. O projeto pretende rastrear cães de companhia ao longo de um período de 10 anos para compreender melhor os fatores que podem ajudar os cachorros – e os humanos – a viver vidas mais longas e saudáveis. Os donos voluntários de animais de estimação são convidados a preencher questionários anuais sobre a saúde de seus cães, enquanto alguns também fornecem registros veterinários e amostras de testes para estudos menores.
Para este estudo, publicado quarta-feira na PLOS-One, os investigadores concentraram-se especificamente no tamanho dos cães, procurando potenciais associações entre o tamanho e uma grande lista de condições de saúde. No final das contas, eles analisaram dados de mais de 27.000 cães de 238 raças.
No geral, eles descobriram que os cães maiores eram mais propensos a ter muitos problemas de saúde diagnosticados diferentes do que os menores. Esses problemas incluíam câncer, doenças de ouvido, nariz e garganta, problemas neurológicos e problemas gastrointestinais. Os cães menores, entretanto, eram mais propensos a desenvolver problemas oculares, cardíacos e hepáticos, bem como doenças respiratórias. O risco de problemas renais e urinários parecia ser o mesmo para cães grandes e pequenos. Estes padrões mantiveram-se mesmo depois de os investigadores terem tentado explicar fatores como o sexo, o local onde os cachorros viviam e se eram de raça pura ou mestiça. Mas tanto a idade como o tamanho pareciam influenciar o risco de um cão desenvolver muitos problemas de saúde ao longo da vida.
Esses tipos de estudos não podem provar diretamente uma ligação de causa e efeito entre o tamanho do cão e a saúde – eles apenas podem estabelecer uma correlação. Mas, juntamente com outras evidências, as descobertas reforçam a ideia de que os cachorros maiores tendem a viver vidas mais curtas do que os cães mais pequenos, dizem os investigadores. As descobertas divulgadas no novo artigo também podem levar a algumas novas áreas de interesse para estudos futuros.
Ao contrário de algumas pesquisas anteriores, por exemplo, os autores descobriram que cães maiores eram mais propensos a ter problemas relacionados com hormônios, particularmente hipotireoidismo (uma tireoide sub ativa, resultando em ganho de peso, letargia, problemas de pele, entre outras condições). Se este risco aumentado for genuíno, observam os autores, então um maior reconhecimento do mesmo poderia contribuir muito para ajudar os cães grandes a permanecerem mais saudáveis, especialmente porque os tratamentos para o hipotiroidismo são relativamente fáceis e baratos de fornecer.
“Esses resultados fornecem insights sobre as categorias de doenças que podem contribuir para a redução da expectativa de vida em cães maiores e sugerem vários caminhos adicionais para uma exploração mais aprofundada”, escreveram os pesquisadores.
O Projeto Dog Aging ainda está em andamento, e as lições que aprendemos com ele só ajudarão os cientistas e os donos de cães a encontrar as melhores maneiras de manter seus cães saudáveis e viver vidas longas e frutíferas.
Publicado no Gizmodo
