Publicado na Sci-News
Terremotos glaciais têm aumentado cerca de sete vezes desde a década de 90 e foram migrando para o norte do globo, sugerindo um acréscimo nas taxas de perda de massa nas camadas de gelo da Groenlândia, através do “Parto”.
Para tentar explicar os movimentos inesperados das geleiras nos minutos próximos aos “Partos”, o Dr. Murray e sua equipe, usaram câmeras, sensores de GPS e uma rede sismográfica global a fim de monitorar de perto a geleira Helheim – Umas das maiores geleiras no sudeste da Groenlândia (com cerca de 6Km de largura, e mais de 200Km de extensão) – por quase dois meses, no ano de 2013.
Durante esse tempo, a geleira recuou cerca de 1,5Km, e a equipe responsável foi capaz de obter detalhes de dez “Partos” em larga escala.
Os seus resultados publicados na revista Science ilustraram como os partos de icebergs caem fora da geleira e revertem temporariamente a sua trajetória, causando assim Terremotos Glaciais que podem registrar até cerca de 5 pontos de magnitude na escala Richter.
O Dr. Murray comentou: “Nós ficamos realmente surpresos ao ver a geleira fluindo para trás em nosso GPS. Esse movimento acontece cada vez que há um parto em um grande iceberg e um terremoto glacial é produzido. Um modelo teórico para os terremotos e os experimentos de laboratório nos permitiram explicar tais movimentos”.
O entendimento desse comportamento das geleiras e sua associação com os terremotos glaciais é um passo crucial para a medição desses eventos de parto, e remotamente, sua contribuição para a mudança no nível do mar.
Essa Ferramenta tem o potencial de fornecer estimativas sem precedentes, globais, e quase em tempo real de perdas de icebergs das camadas de gelo.