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Cientistas encontraram bebês de 2.100 anos atrás com capacetes feitos de crânios infantis

Por Bob Yirka
Publicado na Phys.org

Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, em Charlotte, e da Universidade Técnica de Manabí, no Equador, encontrou e relatou a descoberta de crânios infantis antigos encontrados em um local em Salango, no Equador. Em seu artigo publicado na revista Latin American Antiquity, o grupo descreve como os crânios infantis estavam envolvidos em crânios de crianças mais velhas.

Os pesquisadores observam que a cabeça humana costumava ser um símbolo poderoso para muitas culturas da América do Sul, o que pode explicar o que encontraram. Enquanto estavam em uma escavação em Salango, no Equador, os pesquisadores encontraram e desenterraram os restos mortais de 11 pessoas enterradas no local há aproximadamente 2100 anos. As pessoas que viviam lá na época eram chamadas Guangala – os pesquisadores também encontraram vários artefatos, além dos ossos.

Os pesquisadores relatam que entre os restos mortais encontrados estavam dois bebês, cada um com o crânio de uma criança mais velha colocada em sua cabeça – como um capacete. Os pesquisadores acreditam que um dos bebês tinha aproximadamente 18 meses de idade no momento da morte – seu capacete craniano veio de uma segunda criança que provavelmente tinha de 4 a 12 anos no momento da morte. Os cientistas acreditam que a outra criança tinha aproximadamente de 6 a 9 meses de idade e seu capacete craniano tenha vindo de uma criança de aproximadamente 2 a 12 anos de idade. Ainda não se sabe se as crianças falecidas estavam relacionadas umas com as outras ou a razão pela qual os crânios foram utilizados como capacetes para os bebês falecidos. Os pesquisadores notaram que os capacetes cranianos se encaixam perfeitamente, o que, eles sugerem, pode indicar um enterro simultâneo do bebê e da criança que doou o capacete.

Os pesquisadores observam que a descoberta é o único exemplo conhecido de uso de crânios infantis como capacetes para bebês como parte de uma cerimônia de enterro. Eles também observam que é possível que aqueles que os enterraram estavam tentando conferir algum tipo de proteção na vida após a morte. Eles também observam que é possível que o bebê e/ou a criança envolvido na cerimônia fosse parte de um ritual destinado a acalmar um vulcão ativo nas proximidades, embora eles também sugerem que qualquer um dos jovens falecidos pode ter falecido como resultado da fome devido aos efeitos catastróficos da erupção vulcânica.

Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira

Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira

Divulgador Científico há mais de 10 anos. Fundador do Universo Racionalista. Consultor em Segurança da Informação e Penetration Tester. Pós-Graduado em Computação Forense, Cybersecurity, Ethical Hacking e Full Stack Java Developer. Endereço do LinkedIn e do meu site pessoal.