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Cientistas fornecem uma possível explicação para avistamentos de OVNIs

Publicado na Astrobiology Magazine

Na lenda, sprites são trolls, fadas e outros espíritos que dançam bem acima da camada de ozônio. Contudo, os cientistas da Universidade de Tel Aviv descobriram que alguns “sprites” bem reais estão sibilando pela atmosfera também, fornecendo uma possível explicação para os outros habitantes lendários dos céus, os OVNIs.

O professor Colin Price, que é chefe do Departamento de Ciências Planetárias e Geofísicas da Universidade de Tel Aviv, diz que trovoadas são o catalisador para um fenômeno natural chamado “sprites”. Ele e seus colegas são um são uma das equipes líderes no mundo no estudo do fenômeno e Price lidera o estudo de “sprites de inverno” – aqueles que aparecem apenas nos meses de inverno do Hemisfério Norte.

“Sprites aparecem sobre a maioria das tempestades de raios”, explica Price, “mas nós não os víamos até recentemente. Eles ficam altos no céu e duram apenas uma fração de segundo”. Enquanto há muito debate sobre a causa e função destes misteriosos lampejos no céu, eles podem, diz Price, explicar alguns relatos de avistamento de OVNI.

Uma descoberta eletrificante

Os sprites são descritos como feixes de luz no alto da atmosfera, entre 55 a 130 km, onde os raios ocorrem geralmente regulares.

“O relâmpago de tempestades excita o campo elétrico acima, produzindo um lampejo de luz chamado sprite”, explica Price. “Nós agora entendemos que apenas um tipo específico de relâmpago funciona como gatilho que inicia sprites acima”.

Apesar dos sprites existirem por milhões de anos, eles foram inicialmente descobertos e documentados apenas por acidente em 1989 quando um pesquisador estudando estrelas estava calibrando uma câmera apontada para a atmosfera distante onde sprites ocorrem.

“Sprites, que apenas ocorrem em conjunção com trovoadas, nunca ocorrem por conta própria e são primos do fenômeno natural similar apelidado pelos cientistas atmosféricos de ‘elfos’, ‘goblins’ e ‘trolls'”, diz Price. Estes lampejos são então nomeados porque eles parecem “dançar” no céu, o que pode explicar alguns avistamentos de OVNIs.

Velas em um bolo de aniversário celestial

A equipe de pesquisa da Universidade de tel Aviv é um dos grupos líderes globais estudando o fenômeno. Contudo, Price e seus estudantes estão agora trabalhando em colaboração com outros cientistas israelenses da Universidade Aberta e Universidade Hebraica para tirar fotos tridimensionais dos sprites para obter uma melhor compreensão da sua estrutura. Utilizando câmeras de controle remoto montadas no telhado, os pesquisadores são capazes de olhar nas trovoadas que produzem sprites quando elas estão sobre o Mar Mediterrâneo.

Do seu ponto de vista único em Israel, os pesquisadores estão liderando o mundo no estudo de sprites de inverno. As novas técnicas de câmera de Price em particular revelaram estruturas circulares de sprites, que são muito parecidas àquelas de velas em um bolo de aniversário. Utilizando triangulação, Price e sua equipe foram também capazes de calcular as dimensões destas feições dos sprites. “As velas nos sprites possuem até 24 km de altura, com o conjunto de velas tendo 72 km de largura – parece uma enorme celebração de aniversário!”

Por conta de sua altitude, sprites podem também ter um impacto na química da camada de ozônio da Terra. “Uma vez que eles são relativamente raros, o impacto global é provavelmente pequeno”, afirma Price. “No entanto, estamos pesquisando isso agora”.

Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira

Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira

Divulgador Científico há mais de 10 anos. Fundador do Universo Racionalista. Consultor em Segurança da Informação e Penetration Tester. Pós-Graduado em Computação Forense, Cybersecurity, Ethical Hacking e Full Stack Java Developer. Endereço do LinkedIn e do meu site pessoal.