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Conheça ‘Horridus’, um dos fósseis de Triceratops mais completos já encontrados

Por Mindy Weisberger
Publicado na Live Science

Um enorme Triceratops que morreu há 67 milhões de anos deixou para trás um esqueleto quase completo que está entre os mais intactos já encontrados. Apelidado de “Horridus” em homenagem ao nome da espécie (Triceratops horridus), o fóssil, que está cerca de 85% completo, fez sua estreia pública em 12 de março no Museu de Melbourne, na Austrália, na nova exposição “Triceratops: Fate of the Dinosaurs” (Triceratops: O Destino dos Dinossauros, na tradução livre), anunciaram representantes do museu em uma declaração.

Horridus era um dinossauro herbívoro que viveu durante o período Cretáceo. O crânio, que está 98% completo, é pontiagudo com dois chifres finos na testa e um chifre atarracado no topo do nariz. O folho do pescoço mede 1,5 m, e o crânio pesa cerca de 261 kg. O fóssil foi descoberto em território privado em Montana, nos EUA, em 2014, e a Museus de Vitória – a organização australiana que opera três museus estatais em Melbourne – adquiriu o espécime em 2020, anunciou o museu em dezembro daquele ano.

O esqueleto de Horridus, o Triceratops, foi escavado neste local de campo em Montana. Crédito: Heinrich Mallison.

Quando Horridus chegou a Melbourne, estava em pedaços em oito caixas – algumas do tamanho de carros, disseram representantes do museu. Preparadores de fósseis mediram, rotularam e escanearam em 3D cada osso antes que o esqueleto fosse montado para exibição. Embora muitos esqueletos articulados de Triceratops sejam exibidos em todo o mundo, apenas Horridus e pouquíssimos outros são feitos de ossos que vieram de um animal individual, disse Erich Fitzgerald, curador sênior de paleontologia de vertebrados do Museums Victoria, na Austrália.

“Esta é a Pedra de Roseta para entender o Triceratops“, disse Fitzgerald no comunicado de 2020. “Este fóssil compreende centenas de ossos, incluindo um crânio completo e toda a coluna vertebral, o que nos ajudará a desvendar mistérios sobre como essa espécie viveu 67 milhões de anos atrás”, disse ele.

Na exposição, Horridus está em uma câmara com projeções iluminando seus ossos. Os cientistas não podem dizer com certeza se Horridus era macho ou fêmea, mas há muito que os pesquisadores podem aprender com seu esqueleto quase completo sobre a evolução, biologia e comportamento do Triceratops.

“Estar permanentemente alojado no Museu de Melbourne significa que este notável fóssil será acessível à ciência para as próximas gerações”, disse ele.

Você pode ver Horridus pessoalmente no Museu de Melbourne, mas se estiver muito longe, você ainda pode examinar os ossos do enorme dinossauro usando um modelo digital 3D interativo no site do museu.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.