As raízes da nossa obsessão moderna com a depilação podem ser rastreadas até a Roma Antiga, de acordo com uma recente descoberta feita por uma equipe de arqueólogos em Wroxeter Roman City, Shropshire, Inglaterra. O achado incluiu mais de 50 pares de pinças, tornando-se uma das maiores coleções desse tipo em todo o Reino Unido. Esta descoberta revela a fascinação que os antigos romanos tinham pela estética e cuidados pessoais.
Os achados, que datam do século II ao século IV CE, incluem não apenas pinças, mas também raspadores de pele, frascos de perfume, jóias e aplicadores de maquiagem. A diversidade e a quantidade desses artefatos mostram como a higiene pessoal e a beleza eram importantes para a cultura romana.
English Heritage, organização que cuida do patrimônio histórico inglês, observou que as práticas da depilação eram comuns tanto para homens quanto para mulheres. Surpreendentemente, os homens que praticavam esportes como a luta eram geralmente esperados para remover seus pelos corporais.
Cameron Moffett, curadora do English Heritage em Wroxeter Roman City, comentou que a aparência impecável era essencial, e essa aparência envolvia a ausência de pelos, principalmente nas axilas. Moffett acrescentou: “A vantagem da pinça era que ela era segura, simples e barata, mas infelizmente não livre de dor.”
A depilação naquela época era geralmente realizada por escravos, como indica uma carta compartilhada pela English Heritage do autor e político romano Sêneca. Na carta, Sêneca expressa seu desconforto com os gritos emitidos pelas pessoas que estavam sendo depiladas, uma prática que, apesar da dor, era altamente valorizada na sociedade romana.
Essa descoberta arqueológica na cidade romana de Wroxeter adiciona mais um capítulo à nossa compreensão da vida cotidiana na Roma Antiga e do fascínio persistente que temos com a depilação.