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Maior dinossauro voador é encontrado e… ele tinha QUATRO ASAS!

É de grande conhecimento de muitos, e que já estamos cansados de saber: certas famílias de dinossauros possuíam penugem e penas, e que provavelmente eram utilizadas para exibição ou algo mais. Porém uma nova descoberta realizada no nordeste da China diz o contrário! A nova espécie dinossáurica, recém-encontrada, possuía penas e elas não o ajudavam apenas para se exibir; mas ajudavam o animal a fazer pousos forçados com segurança e precisão, assim como as aves da atualidade.

O espécime fora encontrado na China, com uma preservação excepcional, que apresenta uma cauda com cerca de 1 pé de comprimento (30,48 centímetros, para ser exato) que segundo os pesquisadores, ajudava muito para o animal diminuir sua velocidade durante o voo, e assim pousar com segurança. O novo dinossauro fora batizado como Chengyuraptor yangi, (cujo nome significa “ave de rapina de longa pena”) e vivera durante o período Cretáceo Inferior, mais ou menos há 125 milhões de anos; possuía cerca de 1,2 m de comprimento.

O que é mais marcante no C. yangi é que ele não possuía penas apenas em suas asas, mas também em seus membros anteriores, nas pernas – por este motivo ele ganhou o apelido de dinossauro com “quatro asas”. Ele também tinha grandes dentes afiados e garras afiadas, o que indica sua dieta carnívora. Não se sabe ainda quais eram suas presas, mas fósseis de dinossauros semelhantes à ele, foram encontrados com restos de peixes e aves em suas entranhas!

“Eu trabalhei por mais de 20 anos na China, e eu nunca vi nada parecido com isso”, disse Luis Chiappe, do Museu de História Natural do Condado de Los Angeles. Não se sabe ainda se o Chengyuraptor voara ou se apenas planava assim como o famoso Archaeopteryx lithograpica. Para Chiappe, o dinossauro voava pelos seus próprios meios.

Chiappe também diz que um dinossauro voador de porte grande como o C. yangi, teria dificuldades ou problemas para controlar seu voo. Talvez a sua longa cauda servia para este dinossauro orientar-se ou diminuir sua velocidade durante descidas ou pousos.

“Eles podem muito bem ter usado a cauda para fazer a mesma coisa, da mesma forma”, diz ele. E isso até que faz sentido, se analisarmos as leis implacáveis ​​da aerodinâmica. “Se você não tem controle suficiente, você pode bater naquele galho de árvore ou perder-se completamente e cair rapidamente no chão. Se você pode desacelerar e dirigir… isso pode realmente fazer toda a diferença no mundo.”


 

Artigo original: http://goo.gl/ev7uGl – USA TODAY

Tradução por Aryel Goes.

Aryel C. Goes

Aryel C. Goes

23 anos, bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pela UNESP - Rio Claro. Atualmente mestrando em Biologia Celular, Molecular e Microbiologia pela mesma instituição. Interessado por imunologia social, etologia, ecologia comportamental, psicobiologia e sua aplicabilidade em insetos sociais. Atrelado a isso, desenvolvo projetos de pesquisa para entender o reconhecimento, defesa e adaptabilidade de formigas saúva-limão contra fungos antagonistas. Sou deísta e creio em um sistema infinito do Universo, aproximando-me demais de outras áreas como a Cosmologia.