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Enorme civilização maia de 2.000 anos é descoberta no norte da Guatemala

Traduzido por Julio Batista
Original de Bob Yirka para o Phys.org

Uma equipe de pesquisadores afiliados a várias instituições nos EUA, trabalhando com um colega da França e outro da Guatemala, descobriu uma grande civilização maia de 2.000 anos no norte da Guatemala. Em seu paper publicado na revista Ancient Mesoamerica, o grupo descreve o uso do LiDAR para realizar um levantamento da área.

O LiDAR é um sistema de detecção semelhante ao radar, mas baseado em luz laser e não em ondas de rádio. Nos últimos anos, tem sido usado para escanear partes de densas florestas tropicais em busca de sinais de civilizações antigas. Os lasers usados ​​em tais sistemas são capazes de penetrar copas vegetativas sobre florestas tropicais, revelando o que está no solo abaixo delas.

Nesse novo esforço, os pesquisadores sobrevoaram partes da Guatemala como parte de um esforço de mapeamento, quando encontraram o que descrevem como uma vasta civilização maia antiga. Ao estudar seus mapas, eles puderam ver que a antiga civilização era composta de mais de 1.000 assentamentos cobrindo aproximadamente 1.050 quilômetros quadrados, a maioria dos quais ligados por várias estradas. Os pesquisadores também puderam ver que as pessoas que viviam nos assentamentos estavam densamente povoadas – uma descoberta que vai contra as teorias que sugerem que os primeiros assentamentos mesoamericanos tendiam a ser esparsamente povoados.

As passagens (canteiros planos e elevados usados ​​como estradas) somavam 180 quilômetros de caminhos percorríveis, tornando relativamente fácil para as pessoas da civilização visitarem outros assentamentos. Os pesquisadores observam que a rede rodoviária teria permitido esforços coletivos de trabalho.

Estruturas triádicas em El Mirador: (a) imagem de LiDAR mostrando estruturas triádicas no centro civilizatório de El Mirador (a pirâmide do Tigre é a maior nesta seção da cidade); (b) Vista 3D do LiDAR mostrando o complexo piramidal de La Danta, localizado no lado leste do centro civilizatório em El Mirador. (Créditos: Ancient Mesoamerica (2022). DOI: 10.1017/S0956536122000244)

Os pesquisadores também encontraram evidências de grandes plataformas e pirâmides em alguns assentamentos, o que, segundo eles, sugere que alguns deles serviram como centros centralizados de trabalho, recreação e política. Eles observam também que alguns dos assentamentos tinham quadras de jogos de bola que pesquisas anteriores mostraram serem usadas para a prática de uma variedade de esportes nativos da região. Os pesquisadores também descobriram que as pessoas da civilização construíram canais para mover a água e reservatórios para retê-la para permitir o uso durante os períodos de seca.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.