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Escorpiões bebês pegam carona nas costas da mamãe, a menos que ela decida comê-los

Por Jacinta Bowler
Publicado na ScienceAlert

Ser uma mamãe escorpião é carregar um fardo… o peso de até 100 de seus filhos pegando uma carona.

Descobrimos essa peculiaridade parental depois de ver uma publicação no Instagram sobre os bebês escorpiões Centruroides exilicauda do Museu do Deserto de Arizona-Sonora em nossa conta de animais bebês favorita no Instagram – ZooBorns.

Mas, depois de olhar mais a fundo, logo descobrimos que, quando os escorpiões decidem acasalar, não é apenas com as costas cheias de bebês que você precisa se preocupar. Todo o processo é fascinante, embora igualmente horrível.

Primeiro, o escorpião macho e fêmea se agarram com suas pinças e ‘dançam’ – um processo que permite à fêmea testar a força do macho, e o macho conduzir sua parceira para encontrar um local adequado para deixar seu espermatóforo onde ela passará a carregar.

Depois de alguns minutos, quando tudo isso é feito, a dança termina, e eles seguem caminhos separados… a menos que a fêmea decida comer o macho (o que, na verdade, acontece menos do que fomos levados a acreditar).

Outro fato interessante: aparentemente, algumas espécies de escorpiões nem sempre precisam se preocupar com o acasalamento para produzir bebês. Se a situação for complicada, eles podem passar por partenogênese – uma forma assexuada de reprodução em que o óvulo se torna um embrião sem a necessidade de nenhum esperma.

Dependendo da espécie, as mães escorpiões podem suportar até 18 meses de gravidez antes que seus filhos nasçam. Escorpiões requerem gestações relativamente longas porque, ao contrário da maioria dos aracnídeos, os escorpiões dão à luz aos seus filhotes, em vez de colocarem ovos.

É aqui que os bebês entram. Quando nascem, seus exoesqueletos ainda são muito moles, então eles seriam uma refeição fácil para predadores. Para evitar esse destino, os escorpiãozinhos recém-nascidos sobem pelas pernas e pelas pinças de suas mães para a segurança de suas costas, permanecendo lá por algumas semanas até passarem pela primeira muda e até seus exoesqueletos endurecerem.

Mamãe escorpião-imperador (Pandinus imperator) e seus bebês. Crédito: Elmwood Park Zoo.

Ocasionalmente, a mãe também pode fazer um lanchinho e, às vezes, comer um ou dois bebês se não encontrar comida suficiente.

Então, o ciclo começa novamente, à medida que os exoesqueletos dos bebês endurecem e eles tomam seus rumos.

Eles simplesmente crescem tão rápido…

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.