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Gigantesco ‘tornado solar’ mais alto do que 14 Terras durou 3 dias. O que causou isso?

Traduzido por Julio Batista
Original de Harry Baker para a Live Science

Um enorme “tornado solar” do tamanho de 14 Terras empilhadas umas sobre as outras recentemente assolou a superfície do Sol por três dias inteiros. O enorme redemoinho de plasma pode ser um dos maiores já registrados.

O tornado solar surgiu perto do polo norte do Sol em 15 de março e continuou a crescer e mudar de forma até que finalmente se dissipou em 18 de março, quando o tornado de fogo “se sobrecarregou” e cuspiu uma nuvem de plasma, ou gás ionizado, no espaço, relatou o Spaceweather.com. O plasma ejetado não atingirá a Terra.

O astrofotógrafo e morador do Arizona, EUA, Andrew McCarthy twittou que o tornado solar tinha “14 Terras de altura”, ou seja, cerca de 178.000 quilômetros de altura. O tornado também fez chover bolhas de plasma “do tamanho da Lua” na superfície solar, acrescentou.

Um estudo de 2013 na revista Solar Origins of Space Weather and Space Climate observa que os tornados solares têm tipicamente 25.000 a 100.000 km de altura, o que pareceria minúsculo em comparação com o último tornado gigantesco. O estudo também revela que os tornados solares normalmente se formam em pequenos grupos – outro aspecto que torna esse tornado solitário incomum.

O que causou o tornado solar?

“Ao contrário dos tornados na Terra, que são moldados pelo vento, os tornados no Sol são controlados pelo magnetismo”, de acordo com Spaceweather.com. Loops de plasma em forma de ferradura ligados à superfície solar, conhecidos como proeminências solares, ficam presos em campos magnéticos de rotação rápida, que prendem e giram o gás ionizado em um tornado.

Mas o que causa esses campos magnéticos rotativos?

Um estudo de 2013 na revista Astronomy & Astrophysics descobriu que um tornado solar de 2011 foi precedido por três erupções solares próximas separadas em 10 horas. Os pesquisadores propuseram que as erupções enfraqueceram o campo magnético na área, criando uma cavidade coronal em expansão que começou a girar como resultado.

Esta não é a única estrutura de plasma bizarra que foi vista perto dos pólos solares nos últimos meses.

Em 9 de março, uma “cachoeira de plasma” de 100.000 quilômetros de altura foi avistada perto do polo sul do Sol. A cachoeira de plasma é conhecida como “proeminência da coroa polar”, um tipo de proeminência solar que muitas vezes colapsa para dentro devido aos intensos campos magnéticos nos polos. E em 2 de fevereiro, uma enorme proeminência solar se desprendeu do polo norte do Sol e ficou presa em um enorme e rápido vórtice polar que durou cerca de oito horas.

Esses fenômenos peculiares provavelmente estão se tornando mais comuns porque a atividade solar está aumentando de intensidade à medida que o Sol se aproxima de um pico em seu ciclo solar de 11 anos, conhecido como máximo solar, que está programado para chegar em 2025.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.