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Júpiter já possui 69 luas conhecidas

Por Caleb A. Scharf
Publicado na Scientific American

O planeta Júpiter é um brutamontes: com trezentos e dezessete vezes a massa da Terra, é principalmente feito de hidrogênio metálico, e está no centro de um surpreendente número de corpos naturais em órbita.

De fato, os satélites de Júpiter formam uma versão encolhida de um sistema planetário: das luas galileanas maiores (orbitando em meio-movimento Laplaciano, semelhantes a lugares como TRAPPIST-1) à série notável de luas menores que cercam o planeta em mais de 30 milhões de quilômetros. Esses corpos, com distâncias variadas, orbitam Júpiter em cerca de 7 horas até impressionantes 1.000 dias.

A nave espacial Juno, da NASA, capturou este conjunto de imagens aceleradas (time lapse) das grandes luas galileanas durante a aproximação da nave espacial no início de 2016:

(Créditos: NASA, JPL)

Até recentemente, os satélites catalogados totalizavam 67. Entretanto, apenas os 15 mais íntimos orbitam Júpiter em um sentido “horário” (na direção da rotação do planeta). Os outros se caracterizam como retrógrados e provavelmente se constituem em objetos capturados – outros pedaços do inventário sólido do sistema solar que se desviaram para o controle gravitacional de Júpiter.

Essa população de luas exteriores consiste, na sua maioria, em materiais pequenos, enquanto apenas alguns satélites possuem de 20-60 quilômetros de diâmetro, com somente 1-2 quilômetros de tamanho e, dessa forma, se tornando muito difíceis de serem detectados.

Agora os astrônomos Scott Sheppard, David Tholen e Chadwick Trujillo adicionaram mais dois satélites, levando a contagem de luas de Júpiter para 69.

Essas adições também têm cerca de 1-2 km de tamanho, e foram vistas em imagens que faziam parte de uma pesquisa para objetos muito mais distantes, no Cinturão de Kuiper. Júpiter simplesmente estava convenientemente fechado no céu no momento. As luas são S/2016 J1 e S/2017 J1, e estão cerca de 21 milhões de km e 24 milhões de km de Júpiter.

Por si só, esses pequenos satélites não representam muito. Mas eles são um vívido lembrete da abundância de material lá fora, em nosso sistema solar, e do status gravitacional de Júpiter.

Tassiane Anzolin

Tassiane Anzolin

Graduanda em Ciência da Computação pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).