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Manuscrito raro de Isaac Newton descoberto em uma biblioteca de Córsega

Publicado na Phys

Uma cópia da primeira edição do livro inovador de Isaac Newton, que expõe suas três leis do movimento – que mais tarde se tornaria a base da física moderna – foi encontrada em uma biblioteca na ilha francesa de Córsega.

Vannina Schirinsky-Schikhmatoff, diretora de conservação da biblioteca de patrimônio público do Musée Fesch em Ajaccio, Córsega, disse que descobriu a cópia da obra do século XVII enquanto estudava um índice do fundador da biblioteca, Luciano Bonaparte – um dos irmãos de Napoleão.

“Encontrei o Santo Graal na sala principal, escondido nas prateleiras superiores”, disse ela à Agence France-Presse nesta semana.

“A capa está um pouco danificada, mas por dentro está em excelente condições – esta é a pedra angular da matemática moderna”, disse ela.

O texto latino, “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica” (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural), foi publicado pela primeira vez por Newton em 1687.

Vannina Schirinsky-Schikhmatoff encontrou uma edição original dos “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural” de Newton em uma biblioteca em Ajaccio, Córsega. Crédito: Agence France-Presse.

De acordo com a lenda, o renomado físico foi inspirado ao ver uma maçã cair de uma árvore em seu jardim em Grantham, Inglaterra, o que desencadeou suas elaborações das leis clássicas da gravidade, movimento e óptica.

As traduções para o inglês foram publicadas mais tarde, mas as edições originais continuam sendo valorizadas pelos colecionadores.

“Uma edição latina foi vendida por US$3,7 milhões em um leilão realizado pela empresa de arte Christie’s há alguns anos, e é a da biblioteca do Ajaccio”, disse Schirinsky-Schikhmatoff, referindo-se a uma venda em dezembro de 2016 em Nova York por um comprador não divulgado.

Não é a primeira descoberta rara na biblioteca Fesch desde que uma revisão aprofundada de suas propriedades começou há alguns anos.

Em 2018, Schirinsky-Schikhmatoff apresentou um “Thesaurum Hyeroglyphicorum”, que é um estudo de hieróglifos egípcios datado de 1610 – cerca de 200 anos antes de Jean-François Champollion, da França, decifrar partes da Pedra de Roseta.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.