Pular para o conteúdo

Mistério de 40 anos do sinal ‘WOW’ acaba de ser solucionado

Por Tom Ward
Publicado no Futurism

Em 1977, o som de extraterrestres foi captado por ouvidos humanos pela primeira vez – ou pelo menos foi o que as pessoas pensavam na época. O Sinal Wow! foi detectado pelo astrônomo Jerry Ehman usando o rádio telescópio Big Ear da Ohio State University. Ele era um detector de sinal de rádio que, na época, foi apontado para um grupo de estrelas chamado Chi Sagittarii na constelação de Sagitário.

Ao digitalizar os céus ao redor das estrelas, Ehman capturou uma explosão de ondas de rádio de 72 segundos: Ele circulou a leitura e escreveu “Wow”! ao lado dela, daí o nome do sinal. Ao longo dos últimos 40 anos, o sinal tem sido citado como prova de que não estamos sozinhos na galáxia. Especialistas e leigos acreditavam tanto nesta hipótese que, segundo eles, era a evidência de que existia vida alienígena inteligente.

Crédito da imagem: Rádio Observatório Big Ear e North American Astrophysical Observatory (NAAPO).

No entanto, o professor Antonio Paris, de St Petersburg College, descobriu agora – 40 anos depois – a explicação: Um par de cometas! O trabalho foi publicado no Journal of the Academy of Sciences em Washington.

Estes cometas, conhecidos como 266P/Christensen e 335P/Gibbs, tem nuvens de gás de hidrogênio em quilômetros de diâmetro em torno deles. O sinal Wow! foi detectado na frequência de 1420MHz, que é a mesma frequência de rádio que o hidrogênio emite naturalmente. Notavelmente, a equipe verificou que os cometas estavam dentro da vizinhança na época, e eles relataram que os sinais de rádio de 266/P Christensen combinavam com o sinal Wow!.

Outras Comunicações Extraterrestres

Embora esta descoberta seja uma decepção para os entusiastas da vida alienígena e ufólogos de plantão em todo o mundo, o sinal Wow! é o sinal mais forte que já recebemos a partir do espaço, um testemunho da nossa capacidade de interpretar com precisão os sinais e sons do cosmos. Isto dá-nos esperança em nossa tentativa de decodificar as centenas de sinais “estranhos e alienígenas” provenientes de outras estrelas que têm sido observadas recentemente

Temos várias armas em nosso arsenal de detecção cósmica, a maioria dos quais são utilizados pelo Instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI). Seus principais meios de detecção usam rádio-telescópios, e seu projeto mais ambicioso até à data tem sido o ‘Project Phoenix’; “o projeto de busca por inteligência extraterrestre mais sensível do mundo”.

Para este projeto, eles usaram três dos maiores radiotelescópios do mundo: o radiotelescópio Parkes, na Austrália (com 210 pés de diâmetro), o National Radio Astronomy Observatory, em West Virginia (com 140 pés de diâmetro), e Observatório Arecibo, em Porto Rico (o maior do mundo com cerca de 1.000 pés de diâmetro). Eles também construíram O Allen Telescope Array com apoio financeiro de Paul Allen.

Embora a tecnologia para detectar mensagens extraterrestres permanece relativamente estática, idéias para se comunicar melhor com os nossos próprios satélites estão avançando rapidamente, com muitas possibilidades, incluindo a comunicação por um feixe de laser e o estabelecimento de uma rede de satélites espaciais.

Felipe Sérvulo

Felipe Sérvulo

Graduado em Física pela UEPB. Mestre em física com ênfase em Cosmologia pela UFCG. Possui experiência na área de divulgação científica com ênfase em astronomia, astrofísica, etnoastronomia, astrobiologia, cosmologia, biologia evolutiva e história da ciência. Possui experiência na área de docência informática, física, química e matemática, com ênfase em desenvolvimento de websites e design gráfico. Artista plástico. Fundador do Projeto Mistérios do Universo, colaborador, editor, tradutor e colaborador da Sociedade Científica e do Universo Racionalista. Membro da Associação Paraibana de Astronomia. Pai, nerd, geek, colecionador, aficionado pela arte, pela astronomia e pelo Universo. Curriculum Lattes: http://lattes.cnpq.br/8938378819014229