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NASA está testando protótipo de ‘táxi aéreo’ elétrico feito para transportar passageiros no céu

Por Andy Tomaswick
Publicado no Universe Today 

A NASA é comumente considerada a agência espacial dos Estados Unidos, mas seu nome também enfatiza outra área de pesquisa. A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço também é a organização de pesquisa aeroespacial civil dos Estados Unidos.

Nessa função, tem sido fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias, desde motores de foguetes a sistemas de controle de aeronaves. Parte dessa função é executar a campanha de Mobilidade Aérea Avançada (MAA, ou AAM na sigla em inglês) para testar a tecnologia de drones autônomos.

O mais recente marco dessa campanha foi o teste de um helicóptero elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL) destinado a um eventual uso como táxi aéreo.

eVTOL da Joby Aviation pronto para decolar na Electric Flight Base perto de Big Sur, Califórnia. Crédito: Joby Aviation.

Os testes, que vão até 10 de setembro, utilizam uma nave eVTOL ainda a ser nomeada de uma empresa chamada Joby Aviation, que vem desenvolvendo a tecnologia com a NASA há mais de 10 anos.

A aeronave, que se parece com uma versão grande de um drone de 6 rotores, fará testes de voo na Electric Flight Base (Base de Voos Elétricos) da Joby, perto de Big Sur, na Califórnia.

Esta é a primeira rodada de testes com esse novo tipo de aeronave. A NASA tem um plano de teste rigoroso a ser executado, incluindo a coleta de dados sobre o movimento do veículo, ruído e comunicações em várias formas de voo.

Para coletar alguns dos dados, os pesquisadores tiveram que desenvolver um tipo de centro acústico móvel que pudesse rastrear a aeronave com 50 microfones diferentes e coletar dados sobre o ruído que ela faria.

O ruído é um fator importante na adoção dos voos autônomos de VTOL – tem que ser um barulho aceitável para as pessoas. Ninguém ficaria feliz com os drones de entrega decolando em seu quintal se eles criassem a mesma quantidade de ruído que um motor de um jato.

Mas a aceitação do público não é o único fator que influencia o teste.

Ilustração conceitual de usos potenciais da Mobilidade Aérea Avançada. Crédito: NASA.

Outro fator são os regulamentos. Embora não seja diretamente responsável pela regulamentação de voos autônomos, a NASA é um parceiro-chave para a Administração Federal de Aviação (FAA) – esta sim responsável diretamente.

Alguns ativistas de tecnologia já expressaram preocupação com o fato de a FAA estar se esforçando ao lidar com uma indústria em rápida evolução, potencialmente prejudicando o desenvolvimento das empresas estadunidenses, à medida que concorrentes em melhores regimes regulatórios literalmente passam por cima delas.

Os esforços de MAA da NASA basearão os processos de tomada de decisão da FAA enquanto ela tenta caminhar na linha tênue entre a regulamentação razoável e o desenvolvimento tecnológico favorável.

A próxima etapa desses esforços será um conjunto de testes conhecido como NC-1. Programados para acontecer em 2022, esses testes rastrearão padrões de voo e cenários mais realistas do que os tentados em Big Sur nas próximas semanas.

Idealmente, os esforços combinados das pesquisas aeroespaciais e dos braços regulatórios do governo dos Estados Unidos resultarão em uma indústria próspera e inovadora que pode mudar a vida de seus cidadãos para melhor.

Com sorte, um dos resultados da indústria próspera e inovadora pode ser o produto comum nos romances de ficção científica por mais de um século – carros voadores realmente seguros e acessíveis.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.