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‘Pinóquio rex’: novo tiranossauro descoberto na China

Uma nova espécie de tiranossauro foi descoberta recentemente na China, por cientistas da Universidade de Edimburgo, Escócia. Os fósseis encontrados estimam-se em torno de 66 milhões de anos (Cretáceo Tardio). Acredita-se que a espécie tenha vivido na Ásia.

O dinossauro terópode tinha em torno de 9 m de comprimento e pesava quase 1 tonelada! A espécie foi batizada como Qianzhousaurus sinensis, mas foi apelidado como ‘Pinocchio rex’, pelo motivo de seu focinho ser longo, porém, fino… lembrando o famoso personagem fictício dos contos de fadas.

Qianzhousaurus sinensis à direita. Créditos pela Ilustração à Chuang  Zhao.
Qianzhousaurus sinensis à direita. Créditos pela Ilustração à Chuang Zhao.

Segundo os pesquisadores, pelo formato dos dentes e do crânio do ‘Pinóquio rex’, este poderia ter se restringido a caçar animais rebeldes ou do seu tamanho, se alimentando provavelmente de animais menores como, lagartos ou pequenos dinossauros com penas. Porém, os cientistas não sabem explicar o motivo de seu focinho ter ficado longo, mas fino! Seus parente próximo como o Tarbosaurus da Ásia, não possuía tal característica. Esta é uma das pergunta que os pesquisadores querem responder.

Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo disse: “A imagem icônica dos tiranossauros é o ‘tiranossauro rex’, o maior, o mais sanguinário de todos. Mas esta nova espécie era mais leve, menos musculosa. Rompe os moldes. Talvez tivesse uma mordida mais rápida e caçava de outra maneira”, afirma o pesquisador. Além desta afirmação, os pesquisadores também acreditam que diversas espécies de tiranossauros podem ter habitado a Ásia durante o período Cretáceo, o último período que os dinossauros dominaram a Terra.

Crânio fóssil do 'Pinocchio rex' descoberto no sul da China.
Crânio fóssil do ‘Pinocchio rex’ descoberto no sul da China.

Os ossos do ‘Pinóquio rex’ estavam tão bem preservados, e isso graças ao rápido soterramento que o manteve protegido de agentes erosivos e destrutivos durante milhares de anos… até a atualidade!

Os pesquisadores agora querem descobrir a funcionalidade do longo focinho deste carnívoro. Mas eles já possuem um palpite! Provavelmente o focinho longo e fino poderia ajudar a captar melhor a movimentação das presas, assim como os crocodilos modernos utilizam seus longos focinhos para capturar peixes. É como um SENSOR DE MOVIMENTO PRIMITIVO. Apenas novas pesquisas poderão responder tal perguntas.

FONTE: National Geographic (link aqui)

Aryel C. Goes

Aryel C. Goes

23 anos, bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pela UNESP - Rio Claro. Atualmente mestrando em Biologia Celular, Molecular e Microbiologia pela mesma instituição. Interessado por imunologia social, etologia, ecologia comportamental, psicobiologia e sua aplicabilidade em insetos sociais. Atrelado a isso, desenvolvo projetos de pesquisa para entender o reconhecimento, defesa e adaptabilidade de formigas saúva-limão contra fungos antagonistas. Sou deísta e creio em um sistema infinito do Universo, aproximando-me demais de outras áreas como a Cosmologia.