Por Jonathan O’Callaghan
Publicado na Space Answers
Quando se trata da busca por vida em nosso sistema solar, Marte não é o único local de interesse. Cada vez mais cientistas estão contemplando a quarta maior lua de Júpiter, com olhos esperançosos.
Uma lua gelada, com uma superfície muito suave para um corpo que está sendo bombardeado por impactos de cometas e meteoritos. Esta suavidade sugere que exista água líquida isolada abaixo de uma crosta de gelo congelada, podendo subir à superfície sobre os impactos e preencher as crateras. Na verdade, o oceano global da Europa contém cerca de duas vezes a quantidade de água dos oceanos da Terra, e a água é um ingrediente-chave se você quiser encontrar a vida como nós a entendemos.
No entanto, não é apenas água, que a vida precisa, mas também oxigênio*. Com os oceanos de Europa presos sob vários quilômetros de gelo, eles são privados do oxigênio produzido na superfície pela interação de raios cósmicos energéticos e o gelo de água.
Os cientistas agora acham que esta subida constante, de pavimentação e revestimento da crosta realizada pela água líquida, permite que a abundância de oxigênio passe aos oceanos.
E se houver água e oxigênio, então a vida poderia existir, mesmo que provavelmente na forma de organismos simples que vivem em torno de fontes hidrotermais hipotéticas na parte inferior do seu vasto oceano.
Nota:
*De fato, já foram encontrados organismos que sobrevivem sem a presença de oxigênio a vida toda: os animais anaeróbios. Pesquisadores descobriram a existência dessas criaturas multicelulares e fizeram testes para comprovar que eles realmente estavam vivos, metabolicamente ativos e se reproduzindo, mesmo na ausência completa de oxigênio. Mesmo assim, a maioria das formas de vida presentes na Terra dependem deste elemento, o que destaca, mesmo que não por unanimidade, sua importância para a existência de vida como nós a conhecemos em outros mundos.