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Seja enterrado em um caixão de cogumelo orgânico e biodegradável de R$ 5.000

Traduzido por Julio Batista
Original de Sharon Adarlo para o Futurism

Para os ecologicamente conscientes – e econômicos – uma startup holandesa criou um caixão de cogumelo que seria biodegradado em menos de dois meses e custa o equivalente a apenas US$ 1.000 (cerca de R$ 5.000).

Apelidado de “Loop Living Cocoon” (Casulo Vivo da Loop), o sarcófago fúngico é feito de micélio, a estrutura subterrânea semelhante a um fio de cogumelos e fibras de cânhamo recicladas, de acordo com a empresa Loop Biotech. A empresa cultiva os caixões, que se parecem com casulos de bicho-da-seda de tamanho humano, em apenas sete dias em sua fábrica. Comparado a um caixão de madeira tradicional, que pode pesar de 70 a 115 quilos e custar muitos milhares, o caixão de cogumelo é leve e arejado com 30 kg.

Dependendo das condições, um caixão de madeira normal durará décadas. Mas se você estiver com pressa de se juntar ao ciclo da natureza, o caixão de cogumelo será biodegradado em 45 dias. O caixão vem com uma cama de musgo dentro da qual você também pode trocar por uma mortalha sustentável de linho. Descanse em paz!

Funeral verde

Se até R$ 5.000 pode pesar no seu bolso, a empresa também está vendendo uma urna de cogumelo ainda mais barata para armazenar cinzas cremadas, que a empresa diz que você pode exibir em sua casa ou enterrá-la no chão com uma planta na tampa da urna.

“Em vez de: ‘nós morremos, somos enterrados no solo e pronto’, agora há uma nova história: podemos enriquecer a vida após a morte e você pode continuar a prosperar como uma nova planta ou árvore”, disse Bob Hendrikx, fundador da empresa, à Associated Press. “Ele traz uma nova narrativa em que podemos fazer parte de algo maior do que nós mesmos.”

Esta não é a primeira vez que ouvimos falar da Loop, ou mais amplamente, da questão de alternativas de sepultamento modernizadas e ecologicamente corretas. Na verdade, os caixões de cogumelos podem nem ser o suficiente para os defensores da compostagem humana, que foi legalizada em vários estados dos EUA nos últimos anos, ou mesmo para liquefazer os restos mortais dos mortos.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.