Por Josh Makalintal
Publicado no Futurism
Há 45 anos, os seres humanos se aventuraram em uma nova fronteira. O mundo assistiu representantes da nossa raça trilharem seus caminhos no cenário lunar. A aterrissagem da Apollo 11 em 20 de julho nos revolucionou, e nos apresentou a uma nova era de iluminação: a Era Espacial. Agora, há uma probabilidade de que este século (ou pelo menos neste milênio) vamos nos apresentar a uma nova era, uma era em que a humanidade faz a maior descoberta de todas: a vida inteligente fora do nosso próprio mundo.
Mas quem deveriam ser os nossos representantes?
Para responder a essa pergunta, vamos supor um cenário: imagine que uma civilização alienígena descoberta nas proximidades dos nossos sinais de rádio decidiu comunicar de volta com o mesmo método. Eles decidem transmitir um sinal que contém uma “mensagem especial” que vai ajudar a melhorar a comunicação entre as duas espécies. A mensagem seria algo que ajudaria a humanidade construir uma nave que pode viajar mais rápido que a velocidade da luz. No entanto, há um porém. Essa nave tem espaço para apenas oito pessoas viajarem da Terra para o outro planeta. Esses extraterrestres estão nos oferecendo uma maneira de marcar uma nova era em nossa história, que faria a humanidade ter o primeiro contato com outra civilização. Tais noções nos dão uma sensação de exuberância sem precedentes.
Mas em primeiro lugar! A comunidade internacional tem a tarefa de selecionar oito seres humanos para viajar. Quem deveriam ser? Escolhendo meros oito terráqueos para representar mais de 7 bilhões é uma escolha difícil. Certamente, nossos representantes devem ter a determinação e persistência para estimular os nossos interesses e vitalizar o nosso legado no universo. Sem mais delongas, aqui está a lista feita pelo site From Quarks to Quasars dos principais candidatos para serem os nossos embaixadores:
- Bioquímico
O bioquímico compreende os fundamentos das ciências da vida, que incluem os processos biológicos e químicos que cercam os seres vivos e seu ambiente. Um fundo em astrobiologia e astroquímica é importante, considerando que seu conhecimento sobre as origens e distribuições de vida terrestres e extraterrestres, assim como reações e interações químicas do exoplaneta, são vitais para essas missões interestelares (afinal, precisamos saber se os mundos são habitáveis para os seres humanos, em qual grau, e onde é provável encontrá-los. Este é o lugar onde um bioquímico pode ajudar).
- Astrofísico
O astrofísico percebe como o universo se comporta e interage. Ele tem a capacidade de compreender os conceitos físicos de objetos celestes e astronômicos. É essencial para o astrofísico ter conhecimento adequado nos principais subcampos como astronomia (galáctica e extragaláctica) e cosmologia (para entender a física filosófica e desenvolvimento do universo). Nós também precisamos de alguém que seja capaz de entender o conhecimento e a experiência que os alienígenas têm e adaptar esse conhecimento para nosso próprio uso (se possível).
- Matemático
A matemática é considerada a linguagem universal. É o estudo da quantidade, formas e padrões. O matemático não deve apenas ser capaz de entender o assunto como língua comum, mas também a sua universalidade. O matemático é um lógico que usa o raciocínio dedutivo para descobrir novos conceitos e verdades em diferentes áreas do conhecimento, tais como engenharia e física.
- Linguista
Extraterrestres provavelmente terão um sistema de comunicação complexo similar aos humanos. Assim, precisamos de um (exo)linguista para analisar e compreender seu estilo de comunicação, o que inclui a forma, o significado e o contexto de sua língua. Além disso, é importante para o linguista ter conhecimento em áreas afins, tais como criptologia (para analisar e compreender os códigos) e semiótica (para analisar e compreender o significado por trás de processos sígnicos e simbolismos complexos), uma vez que uma viagem interestelar para fazer o primeiro contato seria um desperdício se a comunicação não estiver funcionando.
- Antropólogo
Ter este cientista social é essencial para empreendimentos interestelares. Um dos principais objetivos desta missão de primeiro contato é estudar o comportamento sócio-cultural dos alienígenas. O antropólogo será o macaco-de-toda-obra das ciências sociais e precisa ter um amplo conhecimento em outras áreas, que incluem a sociologia (para avaliar a estrutura social das comunidades estrangeiras), história (para analisar os eventos e determinar como eles se referem à própria história), ciência política (para compreender a sua cultura política e seu sistema) e psicologia (para entender sua interação comportamental entre eles e entre outras espécies). Devido ao conhecimento do antropólogo sobre coisas “terrestres” e sua abordagem multicultural, faz com que ele seja o cientista mais adequadamente treinado, ao lado do linguista, para iniciar o primeiro movimento no clímax do primeiro contato (eles podem evitar um conflito interestelar).
- Jornalista
Os jornalista investiga e analisa todas as informações realizadas. Contamos com ele para tornar descobertas e eventos em um contexto significativo para o nosso benefício aqui na Terra. Sua integridade é baseada nos princípios da verdade, precisão e conhecimento dos fatos. Além disso, considerando a vastidão do universo e sua beleza incomparável, precisamos de alguém para visualizar criativamente tal fenômeno (assim como a sugestão de Ellie Arroway para enviar um poeta, no livro Contato, de Carl Sagan).
- Médico
O espaço é uma fronteira difícil. Precisamos de alguém que possa cuidar da sobrevivência da tripulação lá fora. Assim, um médico com experiência em medicina militar é essencial. Ele fornecerá cuidados de saúde para o grupo e tem a tarefa de prevenção de doenças que possam surgir. O que diferencia um médico militar e um médico civil é que o primeiro tem uma vantagem na gestão do tratamento de pacientes atingidos em campo, como no campo de batalha. O médico, ao lado do bioquímico, precisa ter um conhecimento adequado sobre astrobiologia e astroquímica.
- Diplomata
O diplomata serviria como o capitão da equipe. Este papel seria também o mais controverso, uma vez que será politicamente nomeado. A ONU tem uma sub-organização dedicada a assuntos espaciais chamado United Nations Office of Outer Space Affairs, situado em Viena, na Áustria. O chefe desta organização provavelmente preencheria este local, a menos que a comunidade internacional oferecesse uma alternativa diferente, o que é altamente provável. Esta posição deve ser mantida por alguém não só com formação em ciências espaciais, mas também em relações internacionais e diplomáticas. Alguém neste papel precisa ter um conhecimento adequado sobre as leis do espaço e o direito internacional. O diplomata será o modelo representativo de toda a humanidade, por isso é melhor ter certeza de quem escolher.