Publicado na Center for Inquiry
A parapsicologia é uma área que nasceu com pretensões científicas no final do século XIX, em que buscava investigar a existência e as causas de habilidade psíquicas, experiências de quase-morte e vida após a morte usando “método científico”, ou no caso em questão pseudocientífico (Robert T. Carroll, 1994).
O âmbito da parapsicologia inclui, mesmo que ela não esteja limitada apenas aos fenômenos paranormais, coisas como:
- Telepatia: Transferência de informação através dos pensamentos ou sentimentos entre indivíduos por meios que não sejam apenas os cinco sentidos clássicos.
- Precognição (ou Premonição): Percepção de informação sobre lugares ou eventos futuros antes que eles ocorram.
- Clarividência: A obtenção de informação sobre lugares ou eventos em locais remotos, por meios desconhecidos pela ciência.
- Psicocinese (ou Telecinesia): A capacidade da mente em influenciar a matéria, tempo, espaço ou energia por meios desconhecidos pela ciência.
- Experiências de quase-morte: Uma experiência relata por uma pessoa que quase morreu, ou que experimentou a morte clínica e depois reviveu.
- Reencarnação: O renascimento de uma alma ou outro aspecto não-físico da consciência humana em um novo corpo físico após a morte.
- Experiências de aparições: Fenômenos muitas vezes atribuídos a fantasmas e encontrados em lugares onde uma pessoa falecida pode ter frequentado, ou em associação aos antigos pertences da pessoa.
HÁ EVIDÊNCIAS?
O pior erro da parapsicologia foi o de ter pressuposto que os fenômenos parapsicológicos eram reais, antes mesmo de qualquer investigação rigorosa – algo que até implicou diretamente no viés de muitos pesquisadores da época de fundação da Society for Psychical Research (William Crookes, por exemplo). Entretanto, muitos estudos e avaliações foram realizados por autoridades independentes ao redor do mundo (Richard S. Broughton, 1991). Em 1988, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos concluiu que “não há nenhuma justificativa científica das pesquisas realizadas durante um período de 130 anos para a existência de fenômenos parapsicológicos” (Druckman, Daniel e John A. Swets, 1988).
CONCLUSÃO
Apesar da consistente rejeição através de estudos científicos e revisões sistemáticas das reivindicações feitas por parapsicólogos, as ideias ainda são persistentes entre muitos crentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Robert T. Carroll. Parapsychology. The Skeptic’s Dictionary, 1994.
- Richard S. Broughton. Parapsychology: The controversial science. Ballantine Books, 1991.
- Druckman, Daniel and John A. Swets. Enhancing human performance: Issues, theories, and techniques. National Academies Press, 1988.