Publicado na Sophimania
Durante anos, temos escutado algumas pessoas afirmarem, sem evidência alguma, que o homem nunca foi à Lua. Especificamente, que o pouso lunar foi filmado em Nevada, nos Estados Unidos. Que a bandeira dos Estados Unidos está balançando. Que a qualidade das fotos é incrivelmente boa, assim como o logo brilhante da NASA. Ou que, se o homem foi à Lua, então por que não voltou? Por que não existe uma base espacial lá em cima? Essas são algumas das questões levantas pelos conspiracionistas.
Desde que a missão Apollo 11 pousou Neil Armstrong e Buzz Aldrin no solo lunar, uma centena de artigos não-científicos, documentários e livros pseudocientíficos e até mesmo programas de televisão têm se empenhado para negá-la. A negação do pouso na Lua é uma das teorias da conspiração mais difundidas na Internet.
Mesmo que as teorias da conspiração continuem vagando pela Internet, existem evidências suficientes para aceitar que Armstrong e Aldrin caminharam na Lua em 21 de julho de 1969. Aqui temos as 12 principais:
1. O refletor
Não foi só a bandeira na Lua que Armstrong e Aldrin deixaram para trás. Eles também deixaram um sismógrafo e um refletor de laser. Esse último é, de fato, uma das evidências fortes do pouso lunar da Apollo 11.
O LR-3, que é assim que se chama, ainda é utilizado hoje em dia para medir a distância exata da Terra com a Lua. O refletor foi desenvolvido pela NASA de tal maneira que refletisse a luz na mesma direção de sua origem. Basta, portanto, lançar um raio laser a partir de um telescópio e cronometrar o tempo decorrido para calcular a distância entre os dois corpos celestes. O sistema é bem simples, e sua margem de erro é de apenas 3 centímetros (e estamos falando de uma distância de aproximadamente 385.000 quilômetros).
Se alguém decidir comprar um supertelescópio e quiser procurar o espelho por conta própria, bastará apontar para as seguintes coordenadas lunares: 0,67337º N, – 23,47293º E.
2. As rochas lunares
Os astronautas da Apollo 11 retornaram à Terra com 22 quilos de rochas lunares.
Mas essas rochas não poderiam ser recolhidas em um monte terrestre qualquer? Não, porque elas são muito mais velhas. Na verdade, a rocha lunar mais recente é mais antiga do que a rocha terrestre mais antiga já encontrada. Em síntese, elas variam entre 3,16 bilhões de anos até cerca de 4,5 bilhões de anos.
Se alguém visitar a NASA, poderá ver um fragmento de armalcolita, que é um mineral lunar cujo o nome é uma abreviação dos astronautas que a encontraram: Armstrong, Aldrin e Collins.
3. As pessoas e o dinheiro
O programa Apollo custou 110 bilhões de dólares aos cofres públicos norte-americanos e calcula-se que 400.000 pessoas trabalharam no projeto de maneira direta ou indireta.
Só a Estação Espacial Internacional (ISS) pode custear essa quantidade de dinheiro. Seu orçamento, calculado até 2015, é de 150 bilhões de dólares. A comparação, no entanto, é injusta, já que o projeto da ISS é financiado pelos Estados Unidos, Russia, Japão, Canadá, Brasil e quase todos os países europeus.
Parece evidente, portanto, que um projeto que envolveu a colaboração de 400.000 pessoas durante quase uma década dificilmente seja uma farsa.
4. A URSS
Se tudo fosse uma grande farsa e não existisse a menor possibilidade de que os Estados Unidos tivesse chegado a Lua, por que a União Soviética não disse? Por que não expressam nem uma leve suspeita?
É fundamental recordar que isso que vemos hoje como um dos maiores marcos da humanidade não era mais do que uma competição, uma metonímia política pela qual quem controlasse o céu controlaria o mundo inteiro. Desde que Kennedy disse que “we choose to go to the Moon” (“nós escolhemos ir a Lua”), nosso satélite se converteu em meta. A fotografia de Neil Armstrong fazendo uma saudação militar em frente a bandeira estrelada no Mar da Tranquilidade foi, de certo modo, o final da corrida espacial.
5. O movimento da bandeira
Não há vento na Lua e o tema da bandeira é mais simples do que parece: chegou o astronauta, colocou-a ali e a inércia foi o que fez a continuar se movendo, como se uma suave brisa a acariciasse.
6. Quem tirou as fotos?
Se apenas dois astronautas caminharam ao mesmo tempo sobre a superfície lunar e na imagem aparecem os dois, então quem tirou as fotos? Eles mesmos. Isso que podemos ver no peito do astronauta é uma câmera, idêntica ao de seu companheiro, também no peito.
7. Luzes estranhas
Há quem diga que as luzes que vemos nessa imagem são provenientes do estúdio onde se montou essa grande mentira. Bom, por que a NASA, depois de gastar milhões para construir uma mentira desse calibre, iria cometer tal erro?
Além disso, tal efeito pode ser facilmente explicado pelos efeitos de reflexão da lente da câmera com o ambiente.
8. As pegadas
“Por que se a Lua é tão seca vemos uma marca tão clara? Isso tem que ser areia molhada… está claro.” Contra essa crença, os especialistas têm uma resposta: “É uma besteira.” Segundo o que dizem, a poeira lunar é bastante semelhante ao de cinzas vulcânicas se olharmos através de um microscópio, de modo que não apenas as pegadas ficam marcadas, mas também permanecem durante um tempo dado que não existe vento na Lua.
9. Novas imagens comprovam que o homem chegou na Lua
A NASA revelou uma coleção de imagens tiradas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), que mostram as marcas deixadas pelas missões Apollo e fornecem evidências para aqueles que duvidam que o homem chegou à Lua.
A sonda capturou as imagens mais nítidas já tiradas do espaço das marcas deixadas pelas missões Apollo 12, 14 e 17 nos locais de pouso, assim como as pegadas deixadas pelos astronautas para explorar a superfície lunar.
10. A falta de estrelas na foto
Já fizemos um artigo explicando o que acontece, veja a análise aqui. Em síntese, a câmera não pode captar a intensidade da luz. O tempo de exposição da foto teria que ser maior.
11. As sombras não são paralelas
Ocorre devido ao efeito de perspectiva que acontece também na Terra. Ademais, não tem o por quê ser paralelas em um terreno irregular, como é o caso da Lua.
12. Sob o módulo lunar não há nenhuma cratera
O módulo lunar pesava entre 15 e 17 toneladas na Terra. Na Lua, a gravidade é aproximadamente seis vezes menor e o combustível é reduzido antes da aterrissagem, deixando o seu peso “lunar” entre 1200 e 1600 quilos. Quando se aproxima da superfície a sua potência é reduzida para menos de um terço de sua capacidade.