A imagem mostra a região polar sul da Lua durante uma observação realizada em 29 de abril de 2013, levando a vantagem de uma libração favorável em latitude. Libração (do latim librare) significa balanceio, é o movimento de oscilação da Lua, o que nos permite observar mais da metade da superfície lunar – uma parte da face oculta.
Um clássico exercício quando se observa uma região como essa é tentar descobrir o nome das crateras que ali aparecem. Vamos começar pela Curtius no canto inferior a esquerda, depois passamos a Moretus, a cratera localizada no centro da imagem, com seu brilhante pico central. Um pouco além dela está a Short, e um pouco para a direita está a Newton e a Newton D, G, A e B. Um pouco mais além, quase no limbo está a Cabeus, e, emergindo do limbo, pode-se ver dois picos de montanhas conhecidos como M4 e M5. Interessante destacar também Malapert pois se fizermos uma triangulação imaginária (pontilhado) com Cabeus teríamos na outra ponta do triângulo a posição exata do Polo Sul Lunar (marcado por um x).
Esta técnica deveria chamar-se “Crater Hopping” e poderia ser usada mais frequentemente pelos observadores lunares que querem situar-se com precisão.
Outro fato interessante em relação a cratera Cabeus é que foi nela que ocorreu o impacto da sonda LCross visando comprovar a existência de água na Lua.
Os resultados do impacto confirmaram quantidade significativa de água no satélite da Terra, conforme divulgação da NASA.
A água representa um potencial recurso para sustentar uma futura exploração lunar.
Dados preliminares do LCross (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) indicam que a missão descobriu água com sucesso durante os impactos realizados em 9 de outubro de 2009, na região permanentemente coberta de sombras de Cabeus, próxima ao polo sul da Lua.