No dia 4 de dezembro de 2013 na Sede do ESO em Garching bei München, Alemanha, houve a cerimônia oficial de inauguração dos novos edifícios. Estiveram presentes nesta celebração membros do Conselho do ESO, autoridades locais, os arquitetos Auer+Weber+Assoziierte, a construtora principal BAM Deutschland AG e a equipe de gestão do ESO.
A inauguração da extensão dos edifícios da sua Sede marca um dia importante na história do ESO, já que esta ampliação vai permitir ao ESO não apenas juntar num só local todo o pessoal que trabalha em Garching, facilitando assim valioso trabalho de colaboração, como também dispor de um edifício técnico onde serão montados, testados e melhorados os seus instrumentos de vanguarda. A obra foi em parte possível graças à generosa contribuição do Ministério Federal de Ciência e Investigação alemão.
Estes dois novos edifícios — um edifício de escritórios com 10 300 metros quadrados e um edifício técnico com 2900 metros quadrados — e a sua área circundante ocupam uma área maior do que o dobro da área atual da Sede do ESO. Este espaço adicional era muito necessário, já que atualmente o pessoal do ESO se encontra disperso por diferentes edifícios no campus de Garching.
Além disso, com o European Extremely Large Telescope no horizonte, o ESO necessitava de um berço para as inovações tecnológicas de que este projeto ambicioso vai precisar. O edifício técnico — que acolherá também um dos maiores arquivos digitais de dados astronômicos do mundo — será o ponto focal deste trabalho.
Os dois edifícios e a ponte que os liga à atual Sede foram concebidos pelos arquitetos Auer+Weber+Assoziierte, depois de vários projetos terem sido propostos num concurso da especialidade. Esta empresa foi também a que desenhou a Residencia do Observatório do Paranal do ESO, no Chile, a qual ganhou o Prêmio LEAF em 2004 e o Prêmio Cityscape Architectural Review em 2005.
A extensão foi desenhada de modo a manter o mesmo estilo arquitetônico do edifício original. O edifício de escritórios, que segue a mesma forma curva, tira partido de fontes naturais de luz e tem dois pátios interiores. O edifício técnico é um cilindro com um diâmetro com quase o tamanho do espelho de 39 metros do E-ELT.
Ambos os edifícios são “edifícios verdes”, uma vez que o seu consumo de energia é muito menor do que o típico para edifícios deste tamanho. Este fato deve-se à fachada muito bem isolada e ao edifício de escritórios ser aquecido e resfriado de modo central — utiliza-se água subterrânea juntamente com uma bomba de calor — e abastecido com um sistema de aquecimento por zonas que usa água aquecida por energia geotérmica.
Esta extensão — cuja construção começou em janeiro de 2012 — marca um significativo passo em frente na constante evolução do ESO.
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O ESO é a mais importante organização europeia intergovernamental para a pesquisa em astronomia e é o observatório astronômico mais produtivo do mundo. O ESO é financiado por 15 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça. O ESO destaca-se por levar a cabo um programa de trabalhos ambicioso, focado na concepção, construção e funcionamento de observatórios astronômicos terrestres de ponta, que possibilitam aos astrônomos importantes descobertas científicas. O ESO também tem um papel importante na promoção e organização de cooperação nas pesquisas astronômicas. O ESO mantém em funcionamento três observatórios de ponta, no Chile: La Silla, Paranal e Chajnantor. No Paranal, o ESO opera o Very Large Telescope, o observatório astronômico óptico mais avançado do mundo e dois telescópios de rastreio. O VISTA, o maior telescópio de rastreio do mundo que trabalha no infravermelho e o VLT Survey Telescope, o maior telescópio concebido exclusivamente para mapear os céus no visível. O ESO é o parceiro europeu do revolucionário telescópio ALMA, o maior projeto astronômico que existe atualmente. O ESO está planejando o European Extremely Large Telescope, E-ELT, um telescópio de 39 metros que observará na banda do visível e infravermelho próximo. O E-ELT será “o maior olho no céu do mundo”.
Fonte: ESO.