Traduzido por Julio Batista
Original de AFP para o ScienceAlert
Arqueólogos egípcios disseram na terça-feira que descobriram uma “cidade residencial completa da era romana” de 1.800 anos no coração da cidade de Luxor.
A cidade, que data dos séculos II e III, é a “cidade mais antiga e importante encontrada na margem oriental de Luxor”, de acordo com Mostafa Waziri, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.
Arqueólogos descobriram “uma série de edifícios residenciais”, bem como “duas torres de pombos” – uma estrutura usada para abrigar pombos ou pombas – e “várias oficinas de metal”, disse Waziri em um comunicado.
Dentro das oficinas, os pesquisadores encontraram uma coleção de potes, ferramentas e “moedas romanas de bronze e cobre”.
É um achado arqueológico raro no Egito, onde as escavações – inclusive na margem oeste de Luxor, onde ficam o famoso Vale das Rainhas e o Vale dos Reis – são mais comumente de templos e túmulos.
Em abril de 2021, as autoridades anunciaram a descoberta de uma “cidade de ouro perdida” de 3.000 anos na margem oeste de Luxor, com a equipe arqueológica chamando-a de “a maior” cidade antiga já descoberta no Egito.
O Egito revelou várias grandes descobertas arqueológicas nos últimos anos.
Os críticos dizem que a enxurrada de escavações priorizou as descobertas que chamam a atenção da mídia em vez de pesquisas acadêmicas mais sérias.
Mas as descobertas foram um componente-chave das tentativas do Egito de reviver sua vital indústria do turismo após anos de agitação política, bem como após a pandemia da COVID-19.
Os planos do governo – cuja joia da coroa é a inauguração há muito tempo adiada do Grande Museu Egípcio aos pés das pirâmides de Gizé – visam atrair 30 milhões de turistas por ano até 2028, acima dos 13 milhões antes da pandemia.
O país de 104 milhões de habitantes está passando por uma grave crise econômica, e a indústria do turismo do Egito responde por 10% do PIB e cerca de 2 milhões de empregos.