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A carreira de Elon Musk foi financiada pela mina de esmeraldas da família, segundo seu pai

Traduzido por Julio Batista
Original de Maggie Harrison para o Futurism

Sabe aquela mina de esmeraldas de propriedade da família Musk que Elon disse recentemente era apenas um boato, apesar de ter dito anteriormente que a mina definitivamente existia?

“Vou pagar um milhão de Dogecoin pela prova da existência desta mina!” twittou Musk no início deste mês, reclamando em janeiro que “esse boato da mina de esmeralda falsa é tão irritante”.

Bem, de acordo com Errol Musk, o excêntrico – e também sinistro – pai de Elon, a mina definitivamente existe. E pensando bem, ele pode levar essa bolada de Dogecoin.

“Quando li isso, me perguntei: ‘Posso participar? Porque posso provar que existiu'”, disse Errol ao The Sun em uma nova entrevista, referindo-se ao tweet do Dogecoin de seu filho. “Elon sabe que é verdade. Todos os meus filhos sabem disso.”

“Elon as viu (as esmeraldas) em nossa casa”, acrescentou. “Ele sabia que eu estava vendendo.”

A mina de esmeralda é uma peça particularmente estranha da tradição muskiana – não estranha devido à existência da mina em si, mas por causa da decisão mais recente de Elon de repentina e completamente voltar atrás em suas reivindicações anteriores.

De acordo com sua nova entrevista ao Sun, no entanto, Errol parece ter a intenção de esclarecer as coisas, explicando ao tabloide que ele se deparou com o proprietário italiano da mina em uma pista de pouso da Zâmbia que também era propriedade do italiano. O italiano aparentemente disse a Errol que pagou aos moradores da Zâmbia para minerar as joias, e Errol decidiu abrir um negócio com o sujeito (você sabe, negócios padrões).

“O que Elon está dizendo é que não havia nenhuma mina formal. Era uma formação rochosa que se projetava do solo no meio do nada”, disse Errol ao tabloide, observando que manteve seu envolvimento com a operação “por baixo da mesa”.

“Não havia mineradora. Não há acordos assinados nem balanços financeiros”, explicou. “Ninguém era dono de nada. O negócio foi feito em um aperto de mão com o italiano numa época em que a Zâmbia era livre para todos.”

Errol chegou a dizer que o dinheiro da esmeralda pagou a mudança de seu filho para os Estados Unidos, onde Elon iria estudar na Wharton Business School da Universidade da Pensilvânia com uma bolsa de estudos – com, aparentemente, dinheiro gerado pelas esmeraldas para despesas de subsistência. Em outras palavras, de acordo com Musk sênior, parece que todo o caminho de Elon para a riqueza e a fama além da África do Sul foi pavimentado com esmeraldas da Zâmbia.

“Durante esse tempo”, disse Errol, falando sobre os anos de faculdade de Elon, “consegui enviar o dinheiro que ganhei com as vendas de esmeraldas para ele e para o [irmão de Elon] Kimbal para despesas de subsistência”.

Veja bem, Errol não parece ser um cara bacana e a família Musk parece bastante tensa. Mas, de alguma forma, “eu conheci um italiano aleatório em uma pista de pouso e comecei a minerar esmeraldas a partir daí” parece até colar para alguns, e algum esclarecimento  do segundo homem mais rico do mundo – que não tem exatamente o relacionamento mais sólido com a verdade – seria bem-vindo.

E por que Errol acha que seu filho não vai simplesmente admitir que a mina era real?

“A principal preocupação de Elon é não parecer um ‘garoto de fundo fiduciário’ que recebeu tudo de bandeja”, disse Errol ao tabloide, embora tenha acrescentado que a crença de que seu filho nasceu em um berço de ouro – ou, bem, de esmeralda – “não é verdade”.

“Elon assumiu riscos e trabalhou duro para estar onde está hoje. As esmeraldas nos ajudaram em um período muito difícil na África do Sul, quando as pessoas estavam fugindo do país em massa, incluindo toda a família de sua mãe, e as oportunidades de ganho eram escassas”, continuou ele. “Isso é tudo.”

Esse artigo é uma reprodução da entrevista de Errol Musk e não expressa necessariamente a visão da Universo Racionalista sobre as personalidades mencionadas

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.