Por Brandon Specktor
Publicado na Live Science
A segunda lua da Terra se aproximará do planeta na próxima semana, antes de partir para o espaço, para nunca mais ser vista.
“Que segunda lua é essa?”, você pergunta. Os astrônomos a chamam de 2020 SO – um pequeno objeto que caiu na órbita da Terra a meio caminho entre o nosso planeta e a Lua em setembro de 2020.
Satélites temporários como esses são conhecidos como miniluas, embora chamá-lo de lua seja um pouco complicado neste caso; em dezembro de 2020, pesquisadores da NASA descobriram que o objeto não é uma rocha espacial, mas sim os restos de um foguete impulsionador dos anos 1960 envolvido nas missões lunares American Surveyor.
Esta minilua não-lunar fez sua aproximação mais próxima da Terra em 1º de dezembro (um dia antes da NASA identificá-lo como o impulsionador perdido), mas está retornando para mais uma volta final, de acordo com EarthSky.org.
A minilua 2020 SO fará uma aproximação final da Terra na terça-feira (2 de fevereiro) a aproximadamente 220.000 quilômetros da Terra, ou 58 por cento do caminho entre a Terra e a lua.
O impulsionador irá se afastar depois disso, deixando a órbita da Terra inteiramente em março de 2021, de acordo com a EarthSky. Depois disso, a antiga minilua será apenas mais um objeto orbitando o sol. O Projeto Telescópio Virtual em Roma oferecerá uma despedida online ao objeto na noite de 1º de fevereiro.
A NASA descobriu que o objeto fez várias aproximações da Terra ao longo das décadas, chegando a estar até relativamente perto em 1966 – o ano em que a agência lançou sua sonda lunar Surveyor 2 no foguete propulsor Centaur.
Isso deu aos cientistas a primeira grande pista de que a 2020 SO foi feita pelo homem; eles confirmaram isso depois de comparar a composição química do objeto com a de outro impulsionador de foguete, que está em órbita desde 1971.
Adeus, minilua 2020 SO. Nós construímos você. Nós abandonamos você. E agora, você nos abandona.