Por Jon Christian
Publicado no Futurism
Mundo de água
Cientistas da Universidade Estadual de Iowa e da Universidade do Colorado dizem ter encontrado novas evidências convincentes de que a Terra antiga era uma extensão contínua de água, sem um único continente. Sim: como no filme “Waterworld – O Segredo das Águas“.
A pesquisa, publicada esta semana na revista Nature Geoscience, examinou amostras antigas do fundo do mar encontradas na Austrália, encontrando pistas químicas de que a Terra costumava ser um planeta completamente azul – uma descoberta, dizem os cientistas, que poderia ter implicações profundas na história da própria vida.
Incontinente
A descoberta principal, disse o geocientista da Universidade Estadual de Iowa, Benjamin Johnson, à Live Science, foi a de que, quando a Terra tinha 1,5 bilhão de anos, seu oceano tinha o isótopo oxigênio-18 em abundância.
Atualmente, ele disse, as massas continentais sugam grande parte do oxigênio-18 da água. E nesta amostra antiga, ele observou uma grande quantidade do isótopo. Portanto, uma abundância de oxigênio-18 no oceano antigo, diz a teoria, implica um cenário parecido com o de “Waterworld“.
Oxigênese
Curiosamente, diz Johnson, a descoberta pode mudar os parâmetros em torno da origem da vida na Terra.
“Existem dois campos principais para o estudo da origem da vida: fontes hidrotermais e lagoas na superfície terrestre”, disse Johnson à Live Science. “Se nosso trabalho é preciso, significa que o número de ambientes na superfície terrestre propícios para a vida surgir e evoluir era realmente pequeno ou ausente até algum tempo depois de 3,2 bilhões de anos atrás”.