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A terrível descoberta de uma ‘Torre de Crânios’ no México revela mais de 100 sacrifícios astecas

Publicado na ScienceAlert

Arqueólogos mexicanos disseram na sexta-feira que encontraram os restos mortais de mais 119 pessoas, incluindo mulheres e várias crianças, em uma “torre de crânios” de centenas de anos no coração da capital.

A nova descoberta foi anunciada depois que uma seção oriental do edifício Huey Tzompantli foi descoberta junto com a fachada externa, cinco anos depois que o lado nordeste foi encontrado.

Os arqueólogos acreditam que muitos dos crânios pertenciam a guerreiros inimigos capturados e que a torre era um alerta para os rivais do império asteca, que foi derrubado pelos conquistadores espanhóis em 1521.

Alguns dos restos mortais podem ser de pessoas que foram mortas em sacrifícios rituais para apaziguar os deuses, de acordo com especialistas citados em um comunicado divulgado pelo Instituto Nacional de Antropologia e História.

“Embora não possamos determinar quantos desses indivíduos eram guerreiros, talvez alguns fossem cativos reservados para cerimônias de sacrifício”, disse o arqueólogo Barrera Rodriguez.

Pensa-se que a torre, com 4,7 metros de diâmetro, foi construída por volta do final do século XV.

No Twitter, o Instituto Nacional anunciou a descoberta com uma série de imagens.

Ele está localizado na área do Templo Mayor, um dos principais templos da capital asteca Tenochtitlan, no bairro histórico da atual Cidade do México.

No total, mais de 600 crânios foram encontrados no local, que as autoridades mexicanas descreveram como uma das descobertas arqueológicas mais importantes do país em anos.

“A cada passo, o Templo Mayor continua nos surpreendendo”, disse a ministra da Cultura, Alejandra Frausto, em nota.

“O Huey Tzompantli é, sem dúvida, um dos achados arqueológicos mais impressionantes em nosso país nos últimos anos”.

A declaração destacou que na Mesoamérica o sacrifício humano era visto como uma forma de garantir a continuidade da existência do universo.

Por esse motivo, os especialistas consideram a torre como “um edifício de vida e não de morte”, disse.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.