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Arqueólogos podem ter descoberto a múmia egípcia ‘mais antiga’ e ‘mais completa’ até agora

Traduzido por Julio Batista
Original de Isobel Van Hagen para o Business Insider

Uma equipe de arqueólogos desenterrou o que poderia ser a múmia “mais antiga” e “mais completa” já descoberta no Egito, anunciou o líder da escavação na quinta-feira.

Acredita-se que sejam os restos mortais de um homem chamado Hekashepes. Os arqueólogos encontraram a múmia de 4.300 anos em uma antiga tumba perto do Cairo da quinta e sexta dinastias do país – que durou dos anos 2500 a.C. a 2100 a.C., disse Zahi Hawass, antigo egípcio ministro de antiguidades, em um comunicado.

“Eu coloquei minha cabeça dentro para ver o que havia dentro do sarcófago: uma bela múmia de um homem completamente coberta por camadas de ouro”, disse Hawass a repórteres no local da escavação.

A múmia quadrimilenar foi encontrada no fundo de um poço de 15 metros perto da Pirâmide de Degraus na Necrópole de Sacará, um Patrimônio Mundial da UNESCO. Sacará, uma “grande obra-prima do design arquitetônico”, está localizada em Mênfis, a primeira capital do antigo Egito.

Várias outras “descobertas arqueológicas importantes” foram feitas, disse Hawass, incluindo túmulos pertencentes a Meri, um “guardião dos segredos” no palácio real, e Khnum-djed-ef, um sacerdote no complexo de pirâmides de Unas.

Numerosas estátuas de divindades, amuletos, ferramentas para a vida diária e vasos de pedra também foram descobertos.

“Esta descoberta é tão importante que conecta os reis com as pessoas que viviam ao seu redor”, disse Ali Abu Deshish, outro arqueólogo da equipe de escavação, segundo a BBC News.

“Estou muito feliz em anunciar que minha equipe de escavação de arqueólogos egípcios trabalhando com o Conselho Supremo de Antiguidades em Gisr el-Mudir, Sacará, fez várias descobertas arqueológicas importantes que datam da Dinastia 5 e 6 do Antigo Império. A expedição encontrou um grupo de túmulos do Antigo Império, indicando que o local continha um grande cemitério. A tumba mais importante pertencia a Khnum-djed-ef, que era um sacerdote no complexo da pirâmide de Unas. A segunda maior tumba pertencia a Meri, que era oficial do palácio real. Também encontramos uma tumba para um sacerdote no complexo da pirâmide do rei Pepi I, que continha nove belas estátuas. O dono desta tumba pode ser um homem chamado Messi, com base em uma porta falsa que foi encontrada perto das estátuas. Outra descoberta emocionante foi encontrar um poço de 15m. Um grande sarcófago retangular de calcário foi encontrado no fundo deste poço, pertencente a um homem chamado Hekashepes. O sarcófago foi encontrado lacrado com argamassa, exatamente como os antigos egípcios o haviam deixado há 4.300 anos. Uma múmia foi encontrada dentro coberta com folha de ouro. Esta múmia pode ser a múmia mais antiga e completa encontrada no Egito até hoje. A missão também encontrou um poço de cerca de 10m de profundidade, que continha um grupo de belas estátuas de madeira. Além disso, a missão descobriu três estátuas de pedra representando uma pessoa chamada Fetek. Ao lado dessas estátuas havia uma mesa de oferendas e um sarcófago de pedra que continha sua múmia. A expedição também rendeu muitos amuletos, vasos de pedra, ferramentas para a vida cotidiana e estátuas de divindades, além de cerâmica.” (Créditos: Dr. Zahi Hawass @zahi_hawass/Instagram)

Isso ocorre apenas um dia depois que uma equipe diferente de arqueólogos descobriu ruínas de outra cidade antiga chamada Luxor, ao sul do Cairo.

No início desta semana, cientistas “desembrulharam digitalmente” a múmia do “Menino de Ouro” de 2.300 anos usando tomografias computadorizadas.

As varreduras revelaram novas perpectivas sobre como os antigos embalsamadores usavam amuletos preciosos para proteger os mortos.

Houve uma série de grandes descobertas arqueológicas em todo o Egito nos últimos anos, destacadas como parte de um esforço crescente para promover a indústria do turismo do país.

A indústria tem sofrido desde o aumento da agitação política no país desde 2011, bem como restrições de viagens devido à pandemia de COVID-19.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.