Infelizmente, está sendo divulgado artigos sobre a reversão dos polos magnéticos, através de sites de ciência, sem qualquer conclusão científica ou racional. Tudo sensacionalismo!!!
Não há qualquer sentido crítico, nem qualquer consulta aos especialistas, aos cientistas, quando divulgam notícias científicas. Depois o que dá? Asneira! E muitos leitores enganados.
1 – Leiam o artigo na New Scientist: http://
1.1- E leiam o artigo científico publicado na Nature: http://www.nature.com/
Isto é de Janeiro de 2012, e por isso, CLARO! Já foi explicado cientificamente e racionalmente aqui no Universo Racionalista pelos nossos especialistas em ciência, sobretudo com artigos do AstroPT, que é escrito por vários astrônomos.
O problema é que as pessoas não leem as explicações certas dadas nas investigações, e meses depois ainda publicam sensacionalismos puros.
Esta informação estava ligada ao “fim do mundo” em Dezembro de 2012. Como não aconteceu absolutamente nada, eles estão novamente disseminando sensacionalismo puro.
A notícia é sobre uma inversão dos polos magnéticos da Terra. O que têm a dizer os especialistas, cientistas?
Vou colocar o texto que está no AstroPT:
Se não entrarmos por fantasias próprias de quem quer fomentar o medo, de modo a manipular a população. O que resta é a verdade. E qual é essa verdade?
O polo magnético está em constante mudança, e não é por isso que morremos todos os dias.
A Terra tem 4,6 bilhões de anos. Tem tido muitos ciclos com períodos temporais diferentes de reversão do polo magnético. Há aproximadamente 20 milhões de anos, manteve-se num padrão de a cerca de 250.000 anos haver uma inversão dos polos. No entanto, a última mudança de Polo Norte para Polo Sul aconteceu há 780.000 anos. Esta reversão é chamada de Brunhes-Matuyama.
Nessa altura, há 780.000 anos, a vida não acabou. Nem sequer houve “inundações globais”, nem ficamos sem proteção, nem os animais andaram todos perdidos, e demais parvoíces. Simplesmente há 800.000 anos a “nossa” bússola apontava para o Sul e agora aponta para o Norte.
Quando se diz que é uma mudança “abrupta”, o significado temporal geologicamente não é igual ao que utilizamos popularmente. Os ignorantes aproveitam-se destas diferenças de significado para mentirem à população. A verdade é que “abrupto” nas escalas temporais são cerca de 5.000 anos. Ou seja, as reversões de polos são processos graduais que demoram cerca de 5.000 anos.
Mesmo durante a mudança, ao contrário do que dizem os ignorantes, o campo magnético continua a existir e a proteger-nos das tempestades solares e radiação espacial. Nessa altura de mudança, a grande diferença (além da bússola) é o fato de existirem belíssimas auroras mais frequentes e a latitudes mais baixas. [AstroPT]
Conclusão: Não existe qualquer razão para ter medo da reversão dos polos. Pelo contrário: Venha logo essa reversão! Iremos poder ver belíssimas auroras no Brasil.
Por isso, quando vocês lerem textos onde se diz:
“A inversão magnética já está em andamento”, podem responder: claro que está. É normal. A total inversão pode demorar 5.000 anos, mas o fato é que o campo magnético está sempre em mudança. São mudanças sempre graduais. Por isso, esses tipos de frases só servem para provocar sensacionalismo e medo. Era o mesmo que dizer: “Vai chover! Tenham medo!”
“Mudança rápida”, podem responder que “rápido” neste contexto tem um significado diferente do que a maiorias das pessoas pensam, e só serve, é claro, para provocar medo nas pessoas (contrário à razão).
“Perda da proteção magnética contra radiação solar”, podem responder que isso é mentira. Ela continuará a existir, mas simplesmente estará mais caótico em termos de forma, e por isso permitirá auroras a latitudes mais baixas e não só perto dos polos.
Ainda sobre este tema, leiam os artigos da NASA e as simulações feitas que provam tudo o que foi dito acima:
- http://www.nasa.gov/
vision/earth/ lookingatearth/ 29dec_magneticfield.html - http://www.es.ucsc.edu/
~glatz/geodynamo.html
É uma pena que algumas páginas e sites prefiram divulgar sensacionalismo barato, baseado no medo mentiroso, do que investigarem, lerem, e escutarem o que os cientistas têm a dizer sobre os assuntos científicos.