Publicado na EurekAlert!
Liderados pelos Drs. Stevens Rehen, Paulo Mattos e Leonardo Fontenelle, pesquisadores do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e de instituições parceiras desenvolveram novas células-tronco para avançar nos estudos de transtornos mentais como Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Esquizofrenia. O método, conhecido como reprogramação celular, utiliza células epiteliais colhidas da pele ou urina de pacientes para criar as chamadas células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), que por sua capacidade de diferenciação, pode gerar diversos tipos de tecidos do corpo humano, inclusive o cérebro. As células colhidas da urina ainda representam um método mais espontâneo e simples de coleta de células epiteliais de crianças e idosos.
A manipulação direta de neurônios humanos é muito limitada e o desenvolvimento de estratégias alternativas favorece um melhor entendimento de transtornos mentais em nível celular. O procedimento – que colheu células epiteliais obtidas da pele de pacientes com diagnóstico clínico para Esquizofrenia e da urina para os pacientes diagnosticados com TOC e TDAH – dá mais autonomia a pesquisadores, otimizando estudos e novas descobertas.
O próximo passo é, a partir destas células-tronco, criar minicérebros, que permitirão o aprofundamento de estudos das conexões cerebrais durante seu desenvolvimento e, futuramente, a investigação da eficácia de novos medicamentos.
O estudo contou com apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro – FAPERJ. As instituições e pesquisadores interessados nas células podem entrar em contato com os pesquisadores para mais informações.