Por Stephanie Nebehay
Publicado na Scientific American
Mais de 4% da população mundial vive com depressão – mulheres, jovens e idosos são os mais propensos aos seus efeitos, entre as quais inclui a incapacidade, disse na quinta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
332 milhões de pessoas sofreram transtornos depressivos em 2015, um aumento de 18,4% em uma década, segundo a agência das Nações Unidas em um relatório.
As perdas econômicas globais superam 1 bilhão de dólares anuais, disse a OMS, referindo-se à perda de produtividade devido à apatia ou falta de energia que leva a uma incapacidade de ser efetivo no trabalho e a lidar com a vida diária.
“A depressão é o que contribui na maior parte dos anos vividos para a incapacidade. Por isso, é uma das principais causas de incapacidade no mundo de hoje”, disse o doutor Dan Chisholm, do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, em uma conferência de imprensa.
A depressão é 1,5 vezes mais comum entre as mulheres. Outras 250 milhões de pessoas sofrem de transtornos de ansiedade, incluindo fobias, ataques de pânico, comportamento obsessivo-compulsivo e estresse pós-traumático, segundo o relatório.
80% dos que foram afetados com os transtornos mentais vivem em países de baixa e média renda. Três grupos são particularmente vulneráveis à depressão: jovens, mulheres grávidas e pós-parto – 15% são diagnosticadas com depressão -, e idosos.
Os aposentados também são susceptíveis. “Quando deixamos de trabalhar, ou perdemos o nosso parceiro nos tornamos mais fracos. Assim, ficamos mais sujeitos a doenças físicas e transtornos mentais, como a depressão”, disse o Chisholm.
Cerca de 800.000 pessoas morrem a cada ano por suicídios, uma “cifra bastante horrorosa”, disse Chisholm. “É comum em homens em países de alta renda, mas mais comum entre as mulheres em países de baixa e média renda”, acrescentou.