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Dez luas que os humanos podem colonizar [8]: Miranda

Artigo traduzido e originalmente publicado no site List Verse.

No oitavo e antepenúltimo post da série, falaremos sobre uma das luas do gigante Urano: Miranda.

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Embora Titânia seja a maior das luas de Urano, Miranda, a menor das cinco grandes luas do planeta, pode ser um lugar melhor para estabelecer uma colônia. Vários dos penhascos nas falhas de Miranda são extremamente profundos, em alguns casos quase 12 vezes mais profundos do que o Grand Canyon aqui na Terra.

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Estes penhascos poderiam oferecer lugares ideais para pousar e estabelecer uma “base” protegida um pouco dos elementos exteriores, o que incluiria partículas radioativas produzidas pela magnetosfera de Urano. Miranda também não tem atmosfera para fornecer qualquer proteção contra essas partículas.

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Gelo existe em abundância:astrônomos e pesquisadores estimam que é metade da composição global da lua. Há uma possibilidade de que a água líquida possa existir sob este gelo, algo que não podemos saber com certeza até que seja estudado em uma distância muito mais próxima do que a que nós controlamos atualmente.

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A água líquida indicaria uma atividade geológica significativa sob a superfície, já que Miranda está muito longe do Sol por causa do calor para manter a água em estado líquido. Embora isto seja apenas uma hipótese, pode ser que a proximidade de Miranda com Urano e as consequentes forças de maré sejam suficientes para desencadear essa atividade geológica.

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Com água líquida ou não, se uma colônia humana for instalada em Miranda, a gravidade muito baixa da lua faria com que qualquer pesquisador que caísse em qualquer um dos seus grandes penhascos ou canyons profundos levasse minutos para chegar ao fundo. A descida seria muito mais lenta do que aqui na Terra que tais quedas provavelmente não seriam fatais.

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Imagem do curta “Wanderers”: astronautas pulam do penhasco mais alto do Sistema Solar, o Verona Rupes em Miranda.
Ruan Bitencourt Silva

Ruan Bitencourt Silva