Os cientistas cultivaram diamantes em apenas 150 minutos, um feito que contrasta com os bilhões de anos que os diamantes naturais levam para se formar nas profundezas da Terra. O processo revolucionário baseia-se na dissolução do carbono em metal líquido sob temperatura moderada e pressão atmosférica normal, uma técnica inovadora que poderia transformar a produção de diamantes sintéticos.
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Esse avanço está sendo liderado por pesquisadores do Instituto de Ciências Básicas da Coreia do Sul. Eles descobriram que uma mistura de metais líquidos, incluindo gálio, ferro, níquel e silício, pode servir como um ambiente propício para o crescimento acelerado de diamantes. O método elimina a necessidade de altas pressões e longos períodos de compressão.
A abordagem utiliza um sistema de vácuo personalizado dentro de um invólucro de grafite, que permite o aquecimento e resfriamento rápidos do metal enquanto é exposto a uma mistura de metano e hidrogênio. Essas condições fazem com que os átomos de carbono do metano se espalhem no metal derretido, agindo como sementes para o crescimento dos diamantes.
Em apenas 15 minutos, pequenos fragmentos de cristais de diamante começam a se formar, e após 150 minutos, uma camada contínua de diamante é produzida. A redução da pressão necessária é uma conquista significativa, possibilitada pela combinação cuidadosa de metais líquidos.
Os cientistas acreditam que este método poderá ser ampliado para aumentar a produção de diamantes sintéticos em larga escala. Embora ainda em estágios iniciais, o potencial dessa abordagem é promissor, e os pesquisadores estão considerando incorporar outros metais líquidos para obter resultados ainda melhores.
Se bem-sucedido, esse processo revolucionário poderá transformar drasticamente a indústria de produção de diamantes sintéticos, tornando-a mais rápida, eficiente e acessível. A pesquisa, publicada na Nature, representa um marco importante no campo da fabricação de materiais de alta tecnologia e abre caminho para aplicações industriais e científicas inovadoras.