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Esta criatura desgrenhada do fundo do mar parece uma mistura ondulante de espaguete laranja

Traduzido por Julio Batista
Original de para o Live Science

Uma criatura bizarra do fundo do mar coberta com tentáculos laranja luminosos, semelhantes a espaguete, recentemente estreou na Internet em imagens de vídeo recém-lançadas.

A criatura incomum em forma de pompom é na verdade um tipo de verme marinho segmentado conhecido como poliqueta, e pertence a um grupo apropriadamente nomeado: vermes-espaguete.

Pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey (MBARI, na sigla em inglês) capturaram imagens do verme-espaguete em 2012 usando um veículo operado remotamente (ROV, na sigla em inglês), enquanto exploravam o Golfo da Califórnia na costa do México.

Eles lançaram o vídeo em 1º de julho no canal do MBARI no YouTube para comemorar o Dia Mundial das Poliquetas.

Esta espécie particular de verme espaguete ainda não foi oficialmente nomeada, mas pertence ao gênero Biremis. Ele não tem olhos ou guelras e usa seus tentáculos coloridos para pegar os pequenos pedaços de detritos orgânicos, também conhecidos como neve marinha, dos quais se alimenta, de acordo com um comunicado do MBARI.

A maioria dos vermes-espaguete vive em tocas ou túneis abaixo do fundo do mar e apenas levanta seus tentáculos semelhantes a macarrão na água para pegar pequenos pedaços de comida. Mas esse verme Biremis passa sua vida acima do solo e já foi observado nadando na água ou rastejando ao longo do fundo do mar para encontrar locais onde a comida é abundante, de acordo com o MBARI.

Outro grupo de pesquisadores do MBARI descobriu pela primeira vez a espécie de verme-espaguete sem nome em 2003, depois de avistá-la no Golfo da Califórnia usando um ROV diferente.

Mas quase duas décadas após esse avistamento inicial, os cientistas ainda estão trabalhando para nomear a espécie.

“Embora dar a uma espécie seu próprio nome pareça um processo simples, na verdade leva muito tempo e dedicação para coletar espécimes, examinar características-chave, sequenciar o DNA e atribuir um nome científico”, disseram representantes do MBARI no comunicado.

Não está claro exatamente quão profundo esse verme pode residir, mas a maioria dos avistamentos ocorreu abaixo de 2.000 metros abaixo da superfície, de acordo com o MBARI.

Este verme-espaguete destaca o quão pouco os cientistas sabem sobre as espécies do fundo do mar e os papéis que esses animais desempenham em seus ecossistemas.

A exploração contínua do oceano profundo e das criaturas que vivem lá é de vital importância, especialmente porque muitos ecossistemas do fundo do mar estão sendo degradados por práticas destrutivas como mineração em alto mar ou pesca de arrasto, de acordo com o MBARI.

“Sem dúvida, muitos outros vermes maravilhosos como Biremis aguardam descoberta nas misteriosas profundezas do oceano”, disseram representantes do MBARI.